TROVAS A PONTE DE LIMA
Para João Marcos
Que bem se avista, vista de cima
Da mancha verde do alto monte,
Ponte de Lima,
O Lima,
A ponte.
Arcos erguidos, que o tempo estima,
Sobre águas claras, cristais de fonte:
Ponte de Lima,
O Lima,
A ponte.
Areias d’oiro, que a feira anima
Logo que o oiro do Sol desponte:
Ponte de Lima,
O Lima,
A ponte.
Imagem doce que, doce, rima
Com a doçura do horizonte:
Ponte de Lima,
O Lima,
A ponte.
- Qual a beleza que te sublima;
Que luz de prata te cinge a fronte,
Ponte de Lima?
– O Lima,
A ponte!
In: António Manuel Couto Viana – 60 Anos de Poesia, Vol. II, pág. 280
SARRABULHO
Começa o sarrabulho pelas papas.
Em seguida, o arroz, o lombo e os rojões.
E tudo rapas, pois não escapas
A tantas tentações.
É o porco (com tua licença!)
A dar-te o corpo que andou a engordar,
Pra encher o fumeiro, pra encher a despensa
E a salgadeira, o cofre do lar.
Mas se tens vontade
De apreciar melhor esta obra-prima,
Vai comê-lo a casa de um abade,
Ou a Ponte de Lima.
In: António Manuel Couto Viana – 60 Anos de Poesia, Vol. II, pág. 436
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Ponte de Lima no Mapa
Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.
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