Instituto Britânico de Ponte de Lima - 39 anos: “A qualidade da escola mede-se pelos resultados”

 

Instituto Britânico de Ponte de Lima - 39 anos: “A qualidade da escola mede-se pelos resultados”

Publicado na Revista Business Portugal, de Julho de 2018

 

 

O Instituto Britânico de Ponte de Lima iniciou suas atividades em 1979 através da necessidade de preparação para o exame de âmbito nacional pós 25 de abril. Com o decorrer dos anos ganhou espaço e hoje é referência em idiomas e certificação.

A história iniciou com um exame, mas, depois do sucesso, veio o reconhecimento. O grupo que na altura não tinha pretensões, sentiu a necessidade de realizar um estudo de mercado para perceber o interesse por parte do público noutras línguas, nomeadamente, o francês. Ao longo dos anos, a demanda aumentou e foi preciso um investimento superior, neste caso, em novas instalações. Maria Helena Távora, Diretora Pedagógica do Instituto Britânico de Ponte de Lima, afirma que: “O curso de Inglês começou a ter muita demanda porque na escola já existia o francês. Foram necessárias instalações próprias, surgiram então uns espaços que não estavam a ser utilizados. Compramos, assim, à Comissão Liquidatária do Fundo de Fomento de Habitação naquela altura e fundamos a escola”. Mais tarde, um antigo Centro de Saúde viria tornar-se o atual Instituto britânico. A responsável afirma que foi um trabalho árduo por questões financeiras, mas também por, na altura, o inglês ser considerado um “artigo de luxo”.

A palavra de ordem é qualidade e esta, segundo a responsável, “é dada pelos resultados que os alunos têm”, mas afirma também que é importante exigir qualidade dos professores:” Todos estão sempre em formação contínua, têm de estar atentos ao formato de Cambridge”.

De acordo com a Diretora, o centro, ao longo do ano, promove “workshops, conferências e tem sistemas de valorização das escolas e de resultados obtidos, bem como encontros anuais, buscando sempre por outros tipos de metodologias”, sublinha a entrevistada.

Relativamente à metodologia de ensino, utilizam recursos multimédia, audiovisual, aulas de conversação, materiais de Cambridge e muita prática que, segundo a fundadora é imprescindível.

 

Espírito de equipa

“É importante que uma escola trabalhe em equipa. A qualidade da escola mede-se pelos resultados e os resultados são medidos pela qualidade dos professores. A escola sobrevive com alunos e, felizmente, mesmo diante das dificuldades financeiras, a maior parte dos alunos e dos pais vêem-se aflitos para continuar a investir”. Posto isto, de modo a facilitar e contribuir o aprendizado destes alunos, são feitos protocolos reduzindo as propinas, ressalta a fundadora.

De acordo com a Diretora, o interesse dos portugueses em aprender novos idiomas tem aumentado e o número de procura por parte dos estudantes mantém-se: “não tenho reparado falta de estudantes. Temos recebido crianças com cerca de 4 anos de idade, adultos que estão a fazer a tese, temos estabelecido várias parcerias com instituições locais e preparamos alunos nos vários níveis do Cambridge English Assessment ligados ao CEFR. Muitos ex-alunos, hoje, encontram-se no estrangeiro e é neste mundo global que há uma exigência para que as pessoas procurem o inglês não por ser bonito falar”, mas por uma necessidade, orgulhando-nos de termos contribuído para a formação linguística.

Embora se tenha mantido o número de estudantes, Maria Helena Távora revela que ao longo dos 39 anos de história o maior desafio foi driblar custos financeiros. Isto porque afirma que, de um modo geral, os pais dão prioridade à matérias como matemática, português e físico-química por serem decisivas no que toca ao ingresso na universidade. Por outro lado, sublinha que muitos alunos bons em inglês não valorizam o certificado e só na busca por trabalho é que “dão por falta” de um comprovativo de aptidões.

Ainda no que diz respeito às competências, a Diretora ressalva que estas vão muito além do que se aprende em sala de aula. Aqui fala-se em experiências externas que contribuem no processo de aculturação, trabalhos voluntários e cultura de um modo geral. Por esta razão, o Instituo sempre realizou atividades externas, convívios, viagens internacionais, cursos de verão no estrangeiro, etc.

Para quem pretende aprender novos idiomas, para além da dedicação, é preciso ter por perto um profissional qualificado. O Instituto Britânico de Ponte Lima – Cambridge Exam Preparation Centre tem como mote a qualificação e uma visão abrangente do conhecimento e, por este motivo, dedica-se a todas faixas etárias: “Para as crianças os jogos, vídeos e aplicações facilitam o aprendizado”. A gramática, segundo a fundadora, deve ser lecionada num contexto e não apenas através de regras. Com as crianças deve-se começar de uma forma mais prática, envolvendo estruturas: “Aqui fazem trabalhos, apresentam projetos, discutem-no”. No caso dos adultos, Maria Helena Távora conclui que “é um grupo difícil porque vêm do trabalho e entrar numa sala de aula depois do trabalho é mais complicado” por isso, “tem de haver formas mais práticas de ensinar para que estejam atentos e motivados”.

Por fim, a Diretora sublinha que tudo o que fez até hoje “foi por paixão”, concluindo: “Uma certeza é que alunos não vão faltar, isto dentro da qualidade. É-nos dado todos os anos o diploma do Cambridge English através do Cambridge Platinium Centre – Knightsbridge Examination and Training Centre, isto porque é importante, mas há que trabalhar. Estando preparados a escola mantém-se em pé, os alunos vêm e a qualidade continua, quer em Ponte de Lima quer em Arcos de Valdevez (filial na Incubo) ”

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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