Oficialmente e em linguagem formal ouvimos já, por certo, e ouviremos com certeza muitos vezes que o Monsenhor Dr. José Gomes de Sousa é uma figura incontornável da comunidade Limiana dos últimos 50 anos.
Para os amigos e sobretudo para quem convive mais de perto com ele, o Pe. Zé é uma referência na maneira de ser, na maneira de estar e na forma como “conduz o seu rebanho” em busca das águas cristalinas.
Eu gosto de pensar que tive o privilégio de colaborar de perto na sua acção pastoral, com tudo o que isso tem de enriquecedor em termos humanos e doutrinais.
A sua mundividência e a sua ponderação, aliados a uma coerência justa e equilibrada, permitem-lhe dizer “Olhai para o que eu digo e olhai para o que eu faço”, como é apanágio de quem acredita no que apregoa e apregoa aquilo em que acredita.
Solidário com quem está mais próximo e acolhedor para as almas errantes, o Pe. Zé tem sempre uma palavra sábia que nos ajuda a reorientar as prioridades, permitindo avançar na nossa busca constante de respostas, seja na fé ou na esperança de um mundo melhor, mais justo, mais sábio, mais verdadeiro.
Partilhamos o gosto pela música erudita e pela poesia de autor, e talvez resida aí parte do segredo para que convirjamos no sentido do trabalho que se desenvolve na Paróquia de Ponte de Lima, seja no âmbito da catequese dos jovens e adolescentes, seja na orientação da atividade no Centro Paroquial e Social de Ponte de Lima.
Os 50 anos de ordenação que agora comemora congregam muitas histórias, muitas aprendizagens, num trabalho contínuo de aperfeiçoamento, audível nas suas intervenções públicas e no testemunho que dá de Cristo ressuscitado.
Atrevo-me, porém, a apontar a lealdade como a sua principal virtude. Lealdade aos amigos, lealdade aos paroquianos, lealdade a uma imagem de retidão que criou ao longo dos anos e que mantém como a sua imagem de marca.
Para além disso é, como se espera, humano.
Reza por nós, estou certa, e assim espero que continue.
Nós continuaremos a ajudá-lo na sua missão de serviço, como até aqui.
Publicado na LIMIANA – Revista de Informação, Cultura e Turismo
n.º 49, de Abril/Maio/Junho de 2017
