Parque Temático do Arnado

 

Parque Temático do Arnado


 

O Parque Temático do Arnado insere-se no Projeto Global de Valorização das Margens do Rio Lima e a sua conceção procura ter uma função cultural e recreativa. A componente cultural chama a atenção do visitante para a evolução histórica da humanização da paisagem.

Nasce assim a ideia de criar um jardim temático que permita fazer uma viagem pela história da arte dos jardins, cujas raízes estão profundamente ligadas à cultura rural.

Ao mesmo tempo que se faz a reutilização das estruturas preexistentes da exploração agrícola, são integrados, nos antigos campos de cultivo, jardins eruditos característicos de diferentes épocas. No horto botânico fazem-se plantações com um sentido pedagógico, destacando-se a estufa com o lago envolvente.

A cultura rural permanece presente através dos diferentes elementos, como as ramadas com vinha, os sistemas de rega a partir do tanque e através das regueiras em granito, a nora, a grande eira e o espigueiro.

 

Jardim Romano

O jardim teve sempre um papel muito importante na casa romana. O visitante poderá observar a recriação de um espaço inspirado na célebre Casa dos Repuxos de Conímbriga.

Uma colunata em tijolo artesanal assinala a ideia do peristilo envolvendo o jardim de água e o triclinium abrindo sobre o lago. O jardim-peristilo constitui um espaço interior-exterior da casa romana que frequentemente permite trazer a natureza para o interior da própria habitação.

O pavimento em mosaico de calçada à portuguesa procura refletir a influência que, ainda na prática atual, a cultura romana tem nas nossas tradições culturais. O recurso a diferentes padrões de desenhos utilizados pelos romanos traduz a perenidade das formas através dos tempos, revelando a riqueza dessa gramática formal.

 

Jardim Labirinto

O labirinto esteve sempre presente como um símbolo na cultura Ocidental desde a lenda de Knossos na ilha de Creta.

O labirinto, construído em socalcos, evoca o palácio de Knossos, com a sua geometria clássica, e permite ao visitante ter uma vista dominante sobre o jardim. A estrutura metálica ornamentada com os jasmins (Trachelospermum jasminoides), que funciona como um mirante, favorece a contemplação, o descanso e um certo bem-estar a que não ficamos insensíveis, principalmente pelo conjunto de odores do espaço. As sebes são em buxo (Buxus sempervirens), tradicionalmente utilizado nos jardins pela sua capacidade de ser podado e pela sua rusticidade.

"O labirinto simboliza o caminho da sabedoria pelo qual passa a mensagem comum a todos os enigmas, o segredo da vida."

Jaques Attali.

 

Jardim Renascença

O Renascimento europeu (séculos XV-XVI) nasce em Itália e marca uma fase importante na evolução da paisagem humanizada, designadamente na arte dos jardins onde desponta a verdadeira arquitetura da paisagem.

Os jardins passam a ter uma estrutura geométrica rigorosa, muitas vezes em terraços, e onde as plantas desempenham um papel fundamental. A água é também uma presença fulcral nos jardins, pois transmite uma sensação de calma. O desenvolvimento da matemática aplicada à hidráulica permite construir mecanismos sofisticados de elevação e condução de água, criando-se cascatas e inúmeras versões de jogos de água.

A escultura assume também uma grande importância nesta época, dando sentido à mitologia grega que, através das esculturas, assumirá uma função importante na composição dos jardins. Em Portugal o azulejo começa a ser utilizado na decoração dos jardins.

As espécies dominantes neste espaço são os rododendros e as azáleas (Rhododendron).

 

Jardim Barroco

O jardim barroco (séculos XVII-XVIII) surge na sequência da evolução natural do jardim renascentista. A arte topiária sofre grande incremento e os jardins de buxo (Buxus sempervirens), de formas ornamentais cada vez mais complexas, constituem os chamados parterres - é o esplendor dos jardins à francesa.

A hidráulica continua a desenvolver-se e assume agora um carácter muito importante nos chamados espelhos de água, onde o reflexo permite prolongar as perspetivas, sendo frequentemente usado este efeito nos jardins da Europa Central.

Numa zona em que a arquitetura barroca tem grandes expoentes representativos, principalmente nos Solares da Ribeira Lima, este Parque não podia deixar de incluir os jardins barrocos, em que a espécie predominante, neste caso, é a Rosa.

 

Estufa

Os jardins botânicos surgem na Europa a partir do século XVI com a influência dos Descobrimentos, pela necessidade de aclimatar, classificar e estudar as propriedades das plantas vindas dos novos continentes. O Horto Botânico procura reunir uma coleção de plantas, sistematizada, permitindo ao visitante a sua fácil identificação.

O horto divide-se em três partes: as plantas herbáceas, incluindo as gramíneas, dividas em canteiros separados por relva; as plantas aquáticas no lago envolvente da estufa; e as plantas que se encontram no interior da estufa, muitas das quais são hoje chamadas "plantas de interior” pois necessitam de condições climáticas especiais para se desenvolverem.

Texto: Município de Ponte de Lima
In: www.visitepontedelima.pt

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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