Concepção da ideia e concepção técnica
Produção
Esta forma arquetípica, herdada da pirâmide dos conhecimentos, é utilizada como método de organização e de gestão hierárquica das informações e do conhecimento. As três pirâmides do conhecimento ilustram alegorias notórias, inspiradas na caverna de Platão, na organização racional em Descartes, bem como, na árvore da vida do Jardim do Éden. Construídas sob forma de camadas, cada nível permite aceder a um estado de compreensão, até atingir o estado de sabedoria, no topo da pirâmide. Com o brilho do sol, o tratamento “poli espelho” acentua este efeito de ascensão. As três pirâmides encontram-se em escalas diferentes, representam diversas maneiras de aceder ao conhecimento e expressam-se aqui sob forma de jardins verticais. As duas primeiras pirâmides são personificações de filósofos, que expõem a noção de ideias inatas próprias do Homem.
A primeira pirâmide incarna a alegoria da caverna de Platão, a qual coloca em cena homens acorrentados e imobilizados num local subterrâneo, de costas para a entrada, observando-se apenas as suas sombras e outras, de objectos, projectadas pela iluminação da fogueira acesa por trás deles. Esta alegoria expõe as condições de acesso do homem ao conhecimento da realidade, bem como a sua transmissão. Os materiais presentes são inspirados na caverna, tal como a lenha que arde. A noção de tempo também está presente: pouco a pouco, o comedouro para pássaros esvazia-se e o feno espalha-se no chão.
A segunda ilustra Descartes que se interrogava sobre o valor da ciência no conhecimento humano. Aprovava Galileu na sua vontade de dar conta da natureza em linguagem matemática, mas desejava mais rigor, método, ordem, unidade e abundância. Os materiais de construção (tijolos, pedras...) estão empilhados de forma rectilínea e ordenados conforme uma grelha precisa. A pirâmide ficará intacta durante todo o período do Festival.
A última, mais didáctica, é feita à escala da criança. Figura emblemática do Jardim do Éden, representa a árvore do conhecimento do bem e do mal. Símbolo do Génesis, segundo o qual Deus plantou um jardim em Éden e, colocando lá o homem que tinha criado, fez germinar do solo toda a árvore de aspecto atraente e de frutos comestíveis, a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom ou mau. Pouco a pouco, as trepadeiras vão invadir a pirâmide, enquanto a árvore de fruto deixará aparecer os seus espinhos e os seus frutos proibidos.
Ponte de Lima no Mapa
Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.
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