Alquimia é uma palavra que, naturalmente, leva o ser humano para o mundo da magia, da arte, da química, da filosofia, da medicina e é expressa a partir de uma linguagem simbólica e interpretativa. Procura descobrir o elixir da vida.

E não é isso que todos procuram dentro de si? Descobrir a sua direcção – dar um sentido ao seu percurso – e, claro, explorar o vasto leque de emoções que os cinco sentidos nos podem proporcionar? O cenário ilusório aqui materializado explora a palavra “sentidos” segundo duas perspectivas díspares mas, ao mesmo tempo, aqui unas para formar um só jardim…

Procuramos os sentidos enquanto rumo e enquanto contacto com o mundo exterior. Para que de alguma forma possamos explorar sem limites a ilusão e o poder da imaginação, das percepções sensoriais, das sensações e dos simbolismos… Sem dúvida, a receita certa para a verdadeira alquimia no jardim!

A busca de um rumo e de uma orientação segue a ilusão e por isso está marcada pelo caminho que nos leva a viajar num mundo de diferentes realidades e cores e que irrompe no seu auge – uma mensagem do vento apenas compreensível para quem a souber ou conseguir apanhar…

Envolto num vórtex de sensações e novas realidades, o visitante aqui não tem limites de interacção, desafiando assim os cinco sentidos, possibilitando interagir no e com o jardim.

A audição é estimulada, como que por magia, através dos diversos sons que se espalham pelo jardim, vindos das flores e embalados pelo vento.

O olfacto e o paladar, (al)químicos, descobrem-se nas flores, plantas aromáticas e medicinais, através do contrastes de aromas, perfumes e sabores. A visão é estimulada a diversos níveis e vinda de todas as direcções possíveis; preenche o espaço e leva o visitante a entrar na sua realidade pela porta da cor, da ilusão de óptica, dos reflexos e dos elementos que assumem formas até então desconhecidas. E em tudo é permitido que se toque e se explorem os diferentes materiais e texturas, sendo o tacto experienciado a partir da natureza… viva ou morta!