Projectamos este jardim como um labirinto cognitivo, pelo que nos propusemos criar um espaço que se pudesse ligar com os sentimentos dos visitantes.

Estes sentimentos podem ser recordados a partir de estímulos e, por essa razão, delineamos um labirinto em que se vão encadeando pequenas áreas em que se pretende activar cada um dos nossos sentidos: ao passar pela zona dos olfactos, o doce aroma do jasmim poderá despertar algumas memórias da infância na antiga casa de campo; na zona da visão, outros visitantes poderão relacionar as múltiplas cores e reflexos com um momento de alegria…

Este jardim tem uma função dupla. Por um lado, as primeiras sensações que se experimentam nos tempos de criança com o tacto, a audição, o olfacto e, por outro lado, revivê-los e associá-los.

Desta forma, pequenos e graúdos compartem, aprendem, jogam e ensinam ao longo do percurso do jardim, formando palavras de cada um dos espaços/áreas que os fazem explicar o que estão sentindo no momento, uma vez que, tal como ao longo das diversas etapas da nossa vida, experimentamos uma série de sensações que ficam como recordações em nós mesmos.

São as sensações que vamos apreendendo e que compõem um autêntico mapa de sentimentos. Neste projecto, associamos as sensações vividas no jardim com as palavras, formando, assim, um Sentigrama – Crucigrama de Sentimentos.

O jardim, que se pretende um labirinto, esconde cinco zonas diferentes nas quais se quer estimular os sentidos: olfacto, audição, tacto, paladar e visão.

Todas elas se entrelaçam ao longo do percurso e o visitante poderá circular definindo o trajecto da maneira que lhe aprouver, para que obtenha a sua própria experiência e retire o máximo de sensações da cada experimentação/área.