Mais uma vez, um estalar de energia libertou-se do centro da Terra através da sua pele, isto provocou um colapso global de dimensões apocalípticas.

Foi um ato de limpeza: o ser humano dominava totalmente a terra; a época na qual se quisera proteger o planeta tinha acontecido há vários séculos e a terra sofria, convertida numa cloaca sem a presença dessa vida natural e selvagem, que durante muito tempo se tentou preservar...

Milhares de anos depois, numa pequena gruta debaixo da carapaça do fóssil de uma tartaruga, tal e qual acontecera noutras ocasiões, as plantas vasculares começaram a prosperar e produzir oxigénio. Assim se inicia um novo ciclo de vida.

No equilíbrio do trapézio dos tempos, Balantium apresenta um jardim que exalta uma vegetação ancestral nas sombras. Um lugar onde experienciamos profundos sentimentos na companhia de samambaias que nos oferecem um oxigénio ancestral.

Um lugar onde a miragem seria a realidade; uma realidade onde se pode desfrutar de uma noite familiar, de uma conversa com os amigos ou de solitários momentos de leitura.

Um lugar onde o vento e o sol se perdem no filtro da sombra e a expressão humana se suaviza.

Advertimos que o ambiente interior deste jardim inicial nos expandirá a sensações atávicas. Estarão à flor da pele sentimentos esquecidos na noite dos tempos. Sentimentos misteriosos, enigmáticos, insondáveis, esotéricos.

As samambaias sempre aqui estiveram, são as donas do planeta há milhões de anos, antes da nossa aparição. A nós corresponde-nos admirá-las e atribuir-lhes a homenagem feita por seres inferiores.