Utopia|Metamorfose|Distopia (Alemanha)

Utopia|Metamorfose|Distopia (Alemanha)


Concepção da ideia e concepção técnica

Janine Tüchsen – Arquiteta

Anika Slawski – Urbanista

 

Produção

Município de Ponte de Lima

 

Este jardín leva-nos ao motivo do paraíso – a utopia – e brinca com o seu oposto: a distopia. O resultado é uma sequência espacial encantada e lúdica, que permitirá aos visitantes explorar as muitas facetas da nossa paisagem psicológica. A interação dos opostos resulta em três partes diferentes do jardín: a utopia, a metamorfose – uma área dedicada à transformação – e a distopia.

Os visitantes entram no jardim e são conduzidos através das três partes diferentes do jardim.

Ao entrar no jardim, eles entram noutro mundo – a utopia. Vistas amplas são possíveis e por causa das cores brilhantes das flores e da claridade das paredes de madeira, associações de vitalidade e facilidade vêm à mente. Um foco é na cor verde forte da relva, que espelha a terra fértil e destaca simultaneamente a pureza do canteiro de flores (branco) brilhante. Os olhos do flâneur vagam e descobrem a passagem do texto de Alice no País das Maravilhas, que decora a parede de madeira. Este muro leva-os a outra parte do jardín – fende-se através dele e permite-lhes ter diferentes impressões do espaço.

Na metamorfose – a área de transformação – as cores e formas das flores e plantas mudam. A nova experiência espacial torna-se aparente. As nuances brilhantes da utopia dão lugar a cores terrosas como laranja, marrom castanho e amarelo. Além da superfície arenosa e terrosa, as plantas têm cores fortes e quentes, que exibem vividamente a energia da transformação. Na parede de madeira laranja, os visitantes que pretendem descobrir a próxima passagem de texto do livro do país das maravilhas, antes de sua curiosidade, leva-os para o seguinte – a última – parte do jardim.

Aqui na distopia, o contraste entre as partes contrárias do jardim é retomado e jogado com: o arranjo luminoso e amplo da utopia dá lugar a uma impressão espacial estreita e isolada. As plantas são de cor mais escura e mais escura (azul) do que antes. A superfície é parecida com pedra, o que contrasta com a superfície gramada orgânica relvada e macia da utopia. Na parede de madeira azul escura, há outra passagem do texto da Alice no País das Maravilhas.

Fica claro que a jornada pelo jardín não termina neste ponto. Há um camino de retorno, que leva os visitantes de volta a outra – ainda não vista – parte da metamorfose. Desta pare eles retornam à utopia, onde a jornada entre a utopia e a distopia termina, assim como a história do país das maravilhas.

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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