A admiração é o sentimento de espanto e surpresa provocado por novas emoções e situações inesperadas. É um importante aspeto da natureza humana ligado à curiosidade e ao desejo por conhecimento.

O projeto “Mirabilia” analisa sensações e a sua relação com a natureza. O jardim teve como inspiração duas obras do pintor francês Robert Delaunay: “Alegria da vida” e “Ritmo sem fim”.

Recriamos um jardim “abstrato” que não se limita a copiar a realidade, mas que expressa a sua essência através de cores, formas e composições.

A forma predominante no nosso design é o círculo que nos remete para o carácter cíclico da vida.

Os dois círculos principais formam dois quadrados que estão retratados de forma a representar união. O caminho no solo reproduz simbolicamente o infinito: a Lagerstroemia, conhecida como “árvore de Júpiter”, posicionada na pequena montanha adjacente, torna-se num relógio de sol que marca a passagem do tempo e das estações.

O quadrado mais acima incluirá uma instalação que nos relembra a liberdade do pensamento e sentimentos da vida, enquanto o mais abaixo se tornará num local para encontros e debates.

Uma série de postes de madeira estão colocados à volta dos quadrados de forma a criar a “harpa da vida” – a harpa é o derradeiro instrumento tocado pelos anjos de forma a anunciar a sua presença. Este efeito evoca a conexão com o outro mundo e o infinito para além da vida.

No quadrado superior, as trepadeiras Parthenocissus e Jasminum Officinale criam um efeito de protecção, enquanto os aromas e cores das Lavandula Angustifolia e ds Santolina Chamaecyparissus se espalham a toda a volta do jardim.

Ao longo dos caminhos alterna-se entre o intenso azul da Lantana, o verde vivo com Cotoneaster, o vermelho escarlate de Rosa e as cores delicadas das restantes plantas.