O Avô, por Francisca Abreu Lima Malheiro Reymão

 

O Avô, por Francisca Abreu Lima Malheiro Reymão



Francisca Abreu Lima Malheiro Reymão



Um gigante da literatura em tempos disse: “Vivemos num sistema de mentiras organizadas, entrelaçadas umas nas outras. E o milagre é que, apesar de tudo, consigamos construir as nossas pequenas verdades, com as quais vivemos, e das quais vivemos.”

Pois bem, o Avô é uma dessas pequenas verdades, uma constante neste mundo enorme de ilusões e confusões, de voltas e reviravoltas, que passam num piscar de olhos. A vida passa de tal maneira a correr, que vivemos desesperados por deixar uma marca no mundo, desesperados por ser os melhores e os maiores. Isto, claro, penso eu. Talvez esteja errada, talvez seja só a ingenuidade da adolescência e o sentimento de invencibilidade que toca às gerações mais novas a falar, mas, se o caso do Avô for igual, se também sente ou sentiu necessidade de deixar uma marca no mundo, esteja descansado, porque o objetivo foi cumprido.

Deixou em mim um legado incomparável, uma força e um exemplo que jamais serão igualados. É com o Avô que vivo, e é do Avô que vivo. É pelo Avô que me esforço, que tento ser melhor e trabalho, para retribuir o orgulho que o Avô me dá constantemente. É o Avô que me motiva e inspira, e tudo o que sou e que serei devo-lhe em grande parte. Nem sei como agradecer um Avô assim, nem sei o que fiz para merecer tamanha bênção.

O Avô é aquele que tomo como certo, que sei que estará sempre lá. E é por isso que lhe escrevo tantas vezes, é por isso que me sinto tão agradecida e feliz por ter o Avô na minha vida.

Nunca o vou poder dizer vezes suficientes, mas obrigada. Obrigada por me inspirar todos os dias, obrigada por me dar motivos para sorrir. Obrigada por todos os anos que dedicou àqueles de que gosta e que gostam de si. Obrigada por ser a minha pequena verdade. Sem si, a vida não teria a mesma magia.

 

In: LIMIANA – Revista de Informação, Cultura e Turismo n.º 40, de Dezembro de 2014

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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