Conheci um Homem que era exímio cumpridor do dever; sempre dava bons exemplos; dizia que o correto é ser humilde, quando se tem motivos de sobra para exaltar-se; que um homem de verdade está sempre pronto a entregar uma palavra de carinho e de amor quando alguém precisa, mesmo quando este alguém não mereça.

Um homem que eu admiro tanto, com todas as suas virtudes e também com seus limites; que tanto fez pelos outros e pela terra que o viu nascer, sempre com a mesma dedicação, empenho, sem nada querer, sem nada ambicionar.

Este homem, sempre pronto e atento, mostrando-me o caminho da vida, que está pela frente, traz em seu coração tantas memórias, espalha no meu caminho muitas esperanças, certezas e confiança. Mas também, às vezes, silencioso e pensativo, homem de fé e grande luta, sensível e generoso, homem com quem aprendo a viver.

Ensinou-me ainda que errar é inerente ao Homem, mas que voltar e assumir o erro é hombridade, e isso é para poucos.

Dos exemplos por ele deixados guardo a coragem, a persistência, os bons conselhos para prosseguir. Ensinou-me a só deixar rastos de dignidade para que sirvam de exemplos no dia-a-dia da minha existência neste mundo.

Na longa jornada da vida muitos mestres encontramos. Alguns seguimos, outros abandonamos. Dentre todos, um deles é o que mais amamos. Seu nome é simples e fácil de pronunciar: meu Pai.

In: LIMIANA – Revista de Informação, Cultura e Turismo n.º 40, de Dezembro de 2014