Introdução ao Património Classificado de Ponte de Lima

 

Introdução ao Património Classificado de Ponte de Lima



José Velho Dantas



Herdeira de um vasto património, quer no seu centro histórico multissecular, quer na paisagem milenar que a rodeia, Ponte de Lima bem se pode orgulhar dos 47 monumentos classificados que se encontram no seu actual território concelhio. São ao todo 3 Monumentos Nacionais, 39 Imóveis de Interesse Público e 5 Imóveis de Interesse Municipal, que traduzem a riqueza e diversidade do seu património arqueológico e arquitectónico, bem como a sua importância histórica. Atendendo a vários critérios como a beleza artística, a relevância histórica, o carácter raro e peculiar, a simbologia própria, o sinal de presença humana antiquíssima, entre outros, foram sendo classificados ao longo de todo o século XX e já no início da presente centúria.

 Dois dos Monumentos Nacionais, a categoria de maior expressão, foram os primeiros a ser classificados. Em Junho de 1910 são incluídos na primeira lista de Monumentos Nacionais a ponte sobre o rio Lima (incluindo as secções romana e medieval) e a série de marcos miliários que sinalizavam a antiga via romana. Estas duas classificações, além de espelharem a forte consciência do legislador sobre a notoriedade de certos vestígios arqueológicos, acabaram por destacar dois monumentos intimamente conotados com a própria origem da localidade. Só bastante mais tarde, em 1978, foi classificado o terceiro Monumento Nacional, a Capela do Anjo da Guarda.

 Os três Monumentos Nacionais andam associados à própria génese da vila e à sua localização como encruzilhada para vários destinos, sendo o rio o elemento natural sempre presente. Aqui passaram as tropas expedicionárias de Décio Juno Brutus. Aqui passou a via romana sinalizada pelos marcos miliários, restando ainda alguns veneráveis sobreviventes, blocos cilíndricos marcando distâncias, preservados no terreiro do solar de Bertiandos, na Casa do Antepaço e na Quinta de Faldejães. Aqui foi erguida, sobre o rio, a ponte romana, num Lugar ao pé da qual a Rainha D. Teresa “Fez Vila”. Aqui ainda, mais tarde, no século XIV, foi construída a imponente ponte gótica, que continuou a romana. Com os seus arcos, talhamares e olhais impressionava toda a gente que aqui passava e o cronista Fernão Lopes, ao preparar a narração da entrada das tropas de D. João I na vila, não deixou de o notar. Aqui, pelo mesmo período, no chamado Campo do Arnado nasceu a Capela do Anjo da Guarda, monumento de devoção religiosa a São Miguel e porto seguro para todos os que demandavam estas paragens, por terra ou por rio.

 A ponte gótica é o símbolo maior desse povoado medieval que foi Ponte de Lima, do qual ainda hoje podemos ter um vislumbre ao admirar a Torre de São Paulo, a Torre da Cadeia ou o fragmento de muralha entre ambas, elementos englobados na classificação de Imóvel de Interesse Público em 1945. São hoje as marcas mais notórias de um complexo sistema defensivo que rodeava o burgo medieval, composto por torres, portas e muros, desmantelado a partir do século XVIII, e que acabou por determinar o desenho deste centro urbano. No seu interior e também nos arrabaldes foram levantados inúmeros monumentos arquitectónicos de assinalável valor.

 Um dos primeiros a ser classificados foi o pelourinho, ainda na década de 1930. Este símbolo da justiça municipal foi nessa época levantado em frente aos Paços do Concelho, por altura das Feiras Novas, numa reconstituição daquele que se encontrara até ao século XIX em frente à Torre de São Paulo, sobre o areal. A vila de Ponte de Lima foi sendo enriquecida com diversos edifícios de diferentes tipologias e usos. Entre os monumentos classificados, destacam-se os de índole religiosa e alguns complexos habitacionais, quase todos erguidos entre os séculos XVI e XVIII.

 Ainda na primeira metade do século XX, foi classificada a igreja da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, integrada num complexo assistencial que incluía um hospital fundado no século XVI. É dotada de alguns elementos artísticos de inegável valor, como o tecto em madeira com abóbada de nervuras, pintado com grotescos, e o púlpito em talha dourada. O grande motivo de destaque é, todavia, o frontal de altar representando o Milagre da Multiplicação dos Pães. Trata-se de uma verdadeira obra-prima, um notável painel com trabalho escultórico policromado, em relevo, numa clara alusão à Eucaristia mas também à primeira obra de Misericórdia: Dar de comer a quem tem fome… 

Alguns destes edifícios já só deixam entrever a função original. Tal é o caso do antigo Hospital de São João de Deus. A fachada com as armas e o nicho do santo evocam o fim primordial desta casa destinada a acolher os soldados feridos nas Guerras da Restauração. A Capela das Pereiras destaca-se pelo seu enquadramento, pela sua localização lá no alto, antecedida pela bela escadaria, que mais realça o movimento ascensional. A minúscula Capela de Nossa Senhora da Penha de França foi erguida no século XVII, sob os auspícios do benemérito João Lourenço, ao pé da Porta Nova e da Torre da Cadeia, para que os presos, privados de oratório, pudessem ouvir a missa. A sóbria fachada esconde um belíssimo retábulo barroco, profusamente ornamentado.

No mesmo período histórico, foi implantada, um pouco distante do centro da vila, à margem do rio, numa área que já acolhera o Hospital da Gafaria ou dos Leprosos, a Capela da Senhora da Guia. O azulejo tapete nas paredes da nave remonta a essa centúria, mas a talha no interior e o frontispício com o seu belo remate são já beneficiações do século seguinte.

 Entre os edifícios residenciais classificados encontramos a casa torreada dos Barbosa Aranha, edificada no interior da cerca medieval, bem como algumas casas implantadas nos arrabaldes do antigo burgo medieval e hoje integradas no meio urbano, como a Casa de Nossa Senhora da Aurora, a Casa da Garrida e a chamada Casa dos Calistos.

 A Casa de Nossa Senhora da Aurora merece referência especial pelo seu conjunto composto por casa e capela, a que se juntam o jardim, animado de recantos aprazíveis, e, mais acima, o bosque, pulmão da vila.

 Fora do aglomerado urbano, em todo o território do concelho, encontra-se a maior parte dos monumentos classificados. Vestígios de povoados fortificados, igrejas medievais e barrocas e residências senhoriais salpicam toda esta área que sempre incentivou a ocupação humana.

 Aqueles que habitaram desde muito cedo as suaves encostas deste vale ameno e fértil deixaram alguns sinais da sua antiga presença. São exemplos o chamado Penedo do Cavalinho, com a sua inscultura, situado no topo do Monte de Santo Ovídio, os fragmentos cerâmicos encontrados à superfície em diversos povoados castrejos, como o Castro do Cresto, o Alto de Valadas e Trás-Cidades, os três situados em Vitorino de Piães e apresentando vestígios de vida comunitária anterior à chegada dos romanos, ou ainda o conhecido Penedo de São Simão, na linha divisória de Refóios do Lima e Brandara, onde se encontra uma sepultura medieval escavada na rocha.

 O território de Ponte de Lima é de facto há longo tempo habitado e há longo tempo atravessado. Outros caminhos velhos foram surgindo além da via romana e da rota dos peregrinos que demandavam o túmulo do Apóstolo em Santiago de Compostela. E quem fala em caminhos, fala em pontes e fala em cruzeiros. Estão classificados a ponte sobre o rio Estorãos e os cruzeiros do Lugar da Pedrosa, na Correlhã, e o de São Pedro de Arcos. Na ponte, de três arcos, impressiona a robustez, o carácter eminentemente prático de estrutura que suporta o ímpeto das águas. Já os cruzeiros são erguidos com elegância, autênticos poemas compostos por base, fuste e capitel. Mais sóbrio e liso, o da Correlhã, ainda de feição maneirista, muito mais elaborado o de São Pedro de Arcos, já uma composição barroca. O cinzel esculpiu aqui uma obra de grande riqueza plástica, em que se salienta a base com os atlantes e o fuste espiralado com a representação da Imaculada Conceição. Este cruzeiro, um dos mais ricos e complexos de todo o Minho, foi um dos primeiros monumentos classificados, ainda na primeira metade do século XX, em 1936.

 Os edifícios religiosos ocupam quase um capítulo à parte na lista dos monumentos protegidos, tantos são os exemplares classificados. O Mosteiro de Santa Maria de Refóios do Lima, cujas raízes mergulham no próprio berço da nação, é a mais imponente das construções religiosas do concelho e a sua classificação remonta ao já longínquo ano de 1939.

 Esta casa, que foi habitada por uma comunidade religiosa de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, e quase reedificada a partir de finais do século XVI, exibe ainda hoje elementos de acentuada valia artística, sobretudo na igreja e sacristia. O retábulo da capela-mor é, sem favor, um dos mais notáveis exemplares da talha maneirista no Norte do país. Os diversos retábulos, as sanefas, os púlpitos e outros elementos em talha cobrem de esplendor este magnífico templo, também enriquecido com o órgão de tubos e com o cadeiral no coro-alto. Na sacristia, impõe-se a beleza do tecto e o arcaz com as suas ferragens. Mas outros espaços ficaram, que traduzem uma vivência antiga, como o claustro renascentista, de colunas toscanas, em cujo centro se ergue o formoso chafariz, que se deve ao canteiro José Lopes. Do claustro acede-se à Sala do Capítulo. Bem próximos ficam o pátio da abegoaria, a cozinha e o refeitório.

 Os séculos que viram nascer Portugal foram marcados por um surto construtivo assinalável, sobretudo no domínio da arquitectura religiosa, que foi a que melhor resistiu à voragem do tempo. A paisagem em torno de Ponte de Lima, com os seus monumentos, reflecte também esse movimento amplo. O grande núcleo de templos classificados é composto por pequenas capelas ou igrejas paroquiais.

 Os primeiros a conhecerem a classificação, já na segunda metade do século XX, entre 1957 e 1962, foram aqueles pequenos edifícios que melhor preservaram a arquitectura românica. Capelas como a de Santo Abdão, na Correlhã, de Santa Eulália, em Refóios do Lima, e do Espírito Santo, em Moreira do Lima, permaneceram até hoje quase intactas e por isso mais genuínas e fiéis a um modo de construir que foi de grande tradição nesta região. Foi mantida uma certa pureza medieval, visível sobretudo no exterior, na volumetria pouco alterada, na configuração dos pórticos e dos seus arcos, nas apertadas frestas, nos trabalhados modilhões das cornijas, com figuras humanas e de animais, pregando moralidades e expondo vícios…

 Estas capelas encerram no seu interior muitos motivos de interesse: Na Capela do Espírito Santo, o destaque vai para a talha maneirista e para a imaginária. No retábulo principal, que apresenta datação inscrita (caso raro), figura um painel esculpido com o Espírito Santo descendo sobre a Virgem e os Apóstolos. Já o interior da Capela de Santa Eulália combina a talha maneirista e barroca. O arcossólio mandado fazer pelo abade Estêvão Lourenço em finais do século XIV e os vestígios de pinturas murais recentemente descobertas são outros elementos singulares.

 O território de Ponte de Lima conta com um outro conjunto de igrejas construídas na mesma época, classificadas todas em 1967: são as igrejas paroquiais de São João Baptista da Queijada, de São Salvador de Rebordões Souto, de São Martinho de Friastelas e de Santa Marinha de Arcozelo: mais transformadas, até em virtude do seu uso paroquial, sempre propício a reformas, é necessário um olhar mais atento para detectar algumas marcas da sua antiguidade. Algumas delas preservam um recheio de inestimável valor, com elementos marcados quer pela valia estética, quer pela sua singularidade.

 Nas décadas de 70 e 80 do século XX foram classificadas as duas igrejas de peregrinação mais conhecidas do concelho. O santuário mariano de Nossa Senhora da Boa Morte e o santuário do Senhor do Socorro foram levantados em plena vigência da arte barroca e rococó. A igreja da Correlhã é única pelo seu conjunto escultórico da capela-mor, num tipo de desenho cuja peculiaridade e carácter insólito tem sido ressaltado por vários historiadores da arte portuguesa. No nível inferior está retratada a Lamentação de Cristo Morto. Aí estão a Virgem e São João, as Santas Mulheres, os Anjos, José de Arimateia e Nicodemos. Todos deplorando a morte de Jesus, deposto sobre o altar-túmulo. No patamar superior, surge Nossa Senhora Morta rodeada pelos Apóstolos, figuras quase gigantescas, numa das representações teatrais mais impressionantes do tema. Os semblantes dos Apóstolos vincados até ao extremo e os seus gestos exacerbados competem entre si para conferir à cena uma intensidade dramática difícil de igualar.

Na Labruja destaca-se essencialmente o enquadramento paisagístico do santuário, com o amplo adro que o precede e a sua fachada, com corpo central flanqueado por duas torres, figurando, sob as armas de Portugal, as imagens dos Sumos Pontífices São Pedro e São Gregório Magno. É um monumento de assinalável grandeza, mesmo não tendo sido levado avante, já no século XIX, um projecto inspirado no Bom Jesus de Braga. O interior descobre uma combinação de elementos rocaille e neoclássicos. Alguns graciosos ex-votos pintados lembram que este foi um dos principais destinos dos romeiros do Alto-Minho, que aqui vinham agradecer ao Bom Senhor do Socorro.

As residências senhoriais que foram polvilhando o nosso território ao longo dos séculos, traduzindo os nobres pergaminhos desta Terra, estão igualmente muito bem representadas em mais de uma dezena de casas classificadas, como o Paço de Curutelo, o de Calheiros, o de Vitorino, a Casa da Boavista, a Casa de Pomarchão, a Casa do Outeiro ou o majestoso Solar de Bertiandos. O nosso concelho constitui talvez o território de maior densidade de construção deste tipo de arquitectura civil, que é devedora quer das construções militares medievais, quer da arquitectura erudita inspirada nos palácios do Renascimento quer ainda da arquitectura popular tradicional. O Conde d’Aurora declarava, sem exagerar, que Ponte de Lima oferecia a mais bela colecção de casas fidalgas de Portugal.

A sua localização na paisagem é diversa. Há aqueles situados a meia encosta, olhando, sobranceiros, o vale do Lima, com campos trabalhados em socalcos. Há outros que repousam nas planícies mais abertas e outros ainda cujos terreiros em tempos se estendiam até ao leito do rio. As portadas, os brasões, os terreiros, as escadarias, as varandas com colunatas, as capelas, as torres, todos estes elementos de fachada são tratados plasticamente com a maior dignidade e ajudam a dar um poderoso efeito ao conjunto destas construções.

Os solares ou casas senhoriais foram obtendo a classificação de Imóvel de Interesse Público a partir da década de Setenta do século XX, num movimento que continuou sem interrupção até ao século actual. Por vezes a classificação não se esgota no conjunto arquitectónico formado pela casa e capela, mas estende-se também a toda a envolvência exterior, desde os campos e anexos agrícolas ao espaço ajardinado, com os seus fontanários. Também as portadas e os terreiros com os seus cruzeiros estão incluídos em alguns casos, e até outros elementos de engenharia que tenham sobrevivido, como é o caso do fragmento do aqueduto que abastecia a Casa do Outeiro. Entre as portadas temos o caso único da proveniente do Palácio do Freixo, no Porto, atribuída a Nicolau Nasoni. É um exemplar de grande exuberância escultórica, actualmente incorporada na Casa da Torre de Vitorino das Donas.

Muitas dessas casas guardam uma história antiquíssima, que vem desde a Idade Média. A Torre de Refóios, um típico exemplo de Casa Forte, estrutura simultaneamente defensiva e habitacional, com a sua porta elevada em relação ao solo, é um poderoso símbolo dessa época. A torre do Paço do Curutelo, ao centro de uma casa coroada de ameias, e a torre do solar de Bertiandos são outras das edificações mais recuadas, ainda que posteriores ao exemplar de Refóios do Lima. O que hoje podemos perceber nos solares é, de um modo geral, resultante de profundas remodelações das últimas décadas do século XVII e sobretudo do XVIII, época de algum desafogo económico que permitiu aos proprietários o aumento e o embelezamento do seu património arquitectónico.

As belas escadarias exteriores, que arrancam geralmente em graciosas volutas, conduzem ao andar nobre, onde se situam as várias salas, habitualmente os compartimentos de maiores dimensões. Espaços destinados a recepções, banquetes e festas, são os que recebem o tratamento mais cuidado a nível das artes decorativas, com o seu mobiliário e porcelanas, peças de cerâmica, estuques e tapeçarias, sem esquecer os retratos de antigos habitantes da casa, representantes de velhas linhagens, senhores do paço e da guerra. Também as bibliotecas ou livrarias são apanágio de muitas casas senhoriais. Os livros, manuscritos ou impressos, preenchem as estantes, transformadas, também elas, em peças decorativas.

As cozinhas, com as suas lareiras e chaminés trabalhadas em pedra, com a vasta parafernália de utensílios próprios do lugar, são dos espaços que mais acusam os traços da arquitectura rústica e tradicional. Os pisos térreos, áreas de armazenamento e de produção que tentavam garantir a auto-suficiência de todos os que dependiam da casa, eram ocupados por todo um conjunto de divisões intimamente ligados à exploração agrícola. O Solar de Bertiandos é um dos que ainda preserva alguns desses espaços utilitários, não desprovidos de uma certa grandeza. É preciso espreitar as suas cavalariças, o seu lagar, a adega e outras dependências agrícolas para perceber o todo funcional, a economia destas casas, umbilicalmente unidas à terra e às fainas agrícolas. Os campos e as hortas, os vinhedos, o celeiro, os moinhos e as noras… Tudo integra e complementa o solar. Um solar é isto mesmo: uma construção nascida sobre um solo, sobre um chão.

E não se pode dizer que o chão de Ponte de Lima, este pequeno torrão alto-minhoto, não foi pródigo em casas e em gente.

In: LIMIANA - Revista de Informação, Cultura e Turismo n.º 27, de Abril de 2012

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

Sugestões