Igreja Paroquial de S. Julião de Moreira do Lima

 

Igreja Paroquial de S. Julião de Moreira do Lima

Localização: Moreira do Lima

 



Gracinda Dantas



Em tempos que a memória não regista, um grupo abraçou a fé cristã, abençoou o seu espaço, escolheu um patrono e erigiu-lhe um templo, a casa de todos, a ecclesia. A ecclesia uniu os nossos antepassados, fez deles uma família espiritual, os filhos da igreja (filii ecclesiae). Foi, ao longo dos tempos, o centro gravitacional dos seus fregueses. Aí se encontraram com Deus, aí se associaram em confrarias, participaram em festas e resolveram problemas comuns.

É patrono da igreja de Moreira S. Julião, mártir de Antinoe, no Egipto. Trata-se de um culto antigo, documentado na Península Ibérica no século VIII. A narração martiriológica difundida associou S. Julião a Santa Basilissa e outros companheiros. Obrigados a casar, por pressões paternas, mantiveram-se, no entanto, castos esposos. A festa em sua honra figurava no calendário moçárabe, a 7 de Janeiro. A data primitiva seria 6 do mesmo mês, tendo sido retardada um dia para evitar a coincidência com a Festa da Epifania.

A igreja de Moreira, como referiu o reverendo abade nas Memória Paroquiais, está situada no meio da freguesia em bom e vistoso sítio. Neste local de eleição, a comunidade erigiu um templo que se impõe pela sua visibilidade.

Efectivamente, a massa arquitectónica, rasgada pelas torres sineiras, emerge na linha do horizonte, catalisa, une, eleva para Deus e coloca Deus de forma material no meio de todos. Afirma-se como uma cidadela, lançando a sua força protectora sobre o espaço e os homens. Não se desgastou pelo passar dos anos na sua monumentalidade e poder simbólico. É a força aglutinadora da comunidade e o símbolo da sua existência através dos séculos.

Em 1258, aquando das Inquirições determinadas por D. Afonso III, a paróquia foi inquirida, portanto, já existia e tinha a sua igreja. A notícia mais antiga que conhecemos é a apresentada no Tombo de 1551. Segundo este documento “a dita sua Igreja [do Comendador D. Pedro de Sousa] sita no dito lugar é grande e larga e o arco de acesso é largo grande e bem feito e a coxia bem concertada e o altar de pedra em esquadria e sobre o altar uma imagem de São Gião pintada na parede e duas mais em cada uma de seu cabo na dita parede sobre uma credencia de sobro dois altares bem concertados e uma pia de baptizar e as portas tudo fechado de boas fechaduras e sobre a porta e sino da dita Igreja seu campanário e sino de bom tanger e um pardieiro e a dita Igreja bem telhada”. A descrição é pouco clara. Algumas das características apresentadas, como o arco de acesso, o altar de pedra em esquadria, as pinturas murais e o campanário, evocam as igrejas românicas. Não há referência a arco cruzeiro nem a capela-mor, mas, no mesmo documento, também não são referidos em relação à Capela do Espírito Santo e, no entanto, existiam. Não se observam vestígios materiais evidentes desta igreja, embora a parede norte da igreja actual integre silhares com grafismos intencionais, conjuntos de traços, em número variável, e cruzes, frequentes em igrejas românicas. Alguns reportavam-se a marcas de canteiros, distinguindo o trabalho desempenhado por cada um e outros definiam a posição ocupada pelos blocos no edifício. As cruzes podiam aludir à sagração do templo e, neste caso, eram em número de doze, e desempenhar outras funções como a de exorcizar as forças do mal.

Um outro vestígio que poderá ter pertencido à antiga igreja, encontra-se à entrada do cemitério, do lado direito. Trata-se da base esculpida da pia. As suas características indiciam o reaproveitamento de parte de uma coluna concebida para ser adossada e desempenhar funções de suporte. Com efeito, a sua forma superior sugere um capitel e a parte traseira não é trabalhada.

A moderna igreja foi construída no período que medeia entre a elaboração do Tombro de 1551 e a realização das Memórias Paroquiais. As características referidas neste documento dizem respeito à igreja actual, descrevendo-a no essencial, e deixam transparecer a necessidade de renovação, quer pelos melhoramentos realizados na parte já existente, quer pela construção da nova frontaria que então decorria.

Não se conhece a data inicial da sua construção. A obra pode ter sido promovida pela família Fagundes unida aos Pereiras Pintos pelo casamento de Maria Fagundes, filha de Baltazar Fagundes, com Francisco Pereira Pinto, senhor do Morgado de Bertiandos. Esta família deteve o direito de padroado documentado na Corografia Portuguesa (1706), nas Memórias Paroquiais e no Tombo da Freguesia de 1795. Numa das inscrições da base do cruzeiro paroquial pode ler-se: “Este Cruzeiro Fez F(rancis)co P(erei)ra Pad(roei)ro In S(o)l(i)du(m) (?) 1607”. O direito de padroado que gerara no século XVI um litígio pela criação de uma comenda estava em definitivo na posse da família Fagundes/Pereira Pinto no início do século XVII como se evidencia neste monumento pela expressão in solidum.

No interior, coroando o arco cruzeiro, encontra-se um brasão. Nele se distingue a cruz florenciada e vazia dos Pereiras (1), as chaves dos Fagundes (2) e os crescentes dos Pintos (3), deixando bem claro os direitos da família quer pelos elementos identificadores do seu estatuto social quer pelo local de destaque que ocupa.

As obras que decorriam em 1758 foram entretanto concluídas. Segundo o Tombo de 1795, a igreja tinha uma frontaria constituída por duas torres, a do lado esquerdo acabada, com quatro sineiras e dois sinos, e a do lado direito elevada até à primeira cornija. A porta principal era coroada por uma janela. Estruturava-se em três naves, definidas por quatro arcos com banda de cantaria, e dois púlpitos em madeira com talha moderna, em cada um dos arcos mais próximos da capela-mor. O altar principal assentava em supedâneo de três degraus a toda a largura da capela-mor. Tinha um camarim, onde se expunha o Senhor e uma tribuna de talha dourada. Era ladeado por dois nichos. No do lado direito estava colocada a imagem de S. Julião e o do lado esquerdo estava vazio. Sobre o supedâneo encontravam-se dois anjos com tochas na mão, um de cada lado. Observavam-se ainda na capela-mor, toda ladrilhada de cantaria, duas frestas com grades de ferro e vidraças, duas portas, uma que dava acesso à sacristia, a do lado norte, e outra defronte destinada a uma nova sacristia e três sepulturas com tampas de madeira. No corpo da igreja, também ele ladrilhado, erigiam-se quatro altares, sob a invocação da Senhora do Rosário e de Santo António, do lado direito, e do nome de Deus e das Almas, do lado esquerdo, e abriam-se duas portas travessas e quatro janelas, semelhantes às da capela-mor. Possuía ainda um coro e pia baptismal que estava colocada debaixo da torre do lado direito.

Em 1892, a Junta de Paróquia decidiu dar conhecimento à Câmara do estado de ruína em que se encontrava a igreja por ter sido atingida por uma “faísca eléctrica” que derrubara parte da torre sineira e do tecto. Apesar das dificuldades financeiras, a Junta de Paróquia fez os reparos necessários e procedeu à conclusão da segunda torre, em 1896, graças à generosidade de Francisco Joaquim Faria Peixoto, segundo inscrição da cartela nela fixada. Francisco Joaquim Faria Peixoto foi membro da Junta de Paróquia em 1866, era proprietário da Quinta de Covas e residia no Rio de Janeiro em 1897. Era seu procurador em Moreira Sebastião de Sá Sotto Maior Leones que nessa qualidade comunicou à Junta de Paróquia que o mesmo lhe tinha enviado daquela cidade a quantia de 50000 réis para ser aplicada em obras necessárias na igreja e suas dependências. Em acta foi exarado um voto de louvor e agradecimento a “Sua Excelência”.

A sacristia nova, junto da capela-mor, pelo lado sul, prevista no Tombo de 1795, foi construída nos finais do século XIX a expensas da Confraria do Santíssimo Sacramento. A obra foi autorizada pela Junta de Paróquia, em 1896, com a condição de ficar disponível para todo o serviço paroquial.

A igreja sofreu outras alterações que não conseguimos documentar. Em 1795, tinha na capela-mor duas frestas com grades de ferro e vidraças que foram substituídas por quatro janelas adinteladas, duas das quais estão tapadas, e as paredes laterais foram decoradas na base por silhar de azulejos. Por meados do século XX, segundo testemunho de vários paroquianos, durante obras de conservação, sendo abade o Reverendo Henrique Rodrigues Mota, foi retirado o sanefão que ornava o arco cruzeiro e se prolongava até à base, tornando visível o brasão do padroeiro. Posteriormente, também foram retiradas as grades de ferro que separavam a capela-mor do corpo da igreja e as grades da capela da pia baptismal que foi deslocada para junto do arco cruzeiro.

A igreja de Moreira é constituída por três elementos fundamentais: a frontaria, o corpo da igreja e a capela-mor. A esta foram adossadas as sacristias. Verifica-se um interessante jogo volumétrico exterior gerado pelos desníveis dos telhados – de duas águas no corpo da igreja e capela-mor e uma só água nas naves e sacristias – e dimensões diferenciadas dos elementos que a compõem. As empenas da cabeceira e arco cruzeiro são decoradas com cruzes e pináculos. Nas paredes das naves e sacristias foi retirado o reboco.

A frontaria impõe-se pelas suas dimensões e pelo contraste do reboco caiado de branco com o granito das pilastras, cornijas, embasamento, portal, cartelas e demais elementos decorativos. Organiza-se em três registos verticais limitados por pilastras. Os laterais fecham as respectivas naves e correspondem às torres. O acesso é feito por escadaria em pedra e em espiral, localizada no interior da torre sul. No terceiro pano horizontal destas, abrem-se quatro ventanas sineiras em arco de volta perfeita. São rematadas por balaustrada, com pináculos nos ângulos, cúpulas bolbosas e cata-vento. O registo central, organiza-se em três níveis horizontais marcados por frisos e cornijas. No primeiro, rasga-se o portal de acesso, sobrepujado por um janelão que dá para o coro alto. A decoração rocaille perde-se num jogo livre de linhas sinuosas e formas assimétricas de elementos concheados, vegetalistas e geométricos. No segundo nível, em posição central, abre-se um nicho rematado em concha com a imagem do santo padroeiro em granito. O terceiro, correspondente à platibanda do pátio de ligação entre as torres, ostenta em posição central uma cruz latina com reentrâncias nos remates.

A entrada está protegida por um guarda-vento, enquadrado pelas torres e arco abatido de suporte do coro alto, fechado com portadas de madeira.

Volvida a porta, somos dominados pelo espaço, cortado pelos arcos que separam as naves laterais da central, em harmonia com o arco cruzeiro.

Na base da torre norte, abre-se a antiga capela baptismal, coberta com abóbada de berço. Actualmente, acolhe o denominado Cruzeiro do Santinho do Roubão. Trata-se de um monumento do século XVI com uma simbologia muito forte para a freguesia. No corpo da igreja, abrem-se duas portas travessas, quatro óculos quadrilobados, dois em cada nave, e três janelas de verga recta de cada lado da nave central em posição superior às naves.

A capela-mor foi remodelada no século XVIII. O abade registou nas Memórias Paroquiais que a fez. Não nos parece que esteja em causa a estrutura, mas melhoramentos interiores como a construção do altar-mor e tribuna. Por trás desta e integrada na parede da cabeceira permanece uma moldura granítica de enquadramento de altar anterior, em arco de volta perfeita, e lápides de sepulturas.

O retábulo-mor é de madeira pintada, imitando o mármore e talha dourada. A planta é convexa, com um só eixo limitado pelos conjuntos das colunas gémeas que são de ordem coríntia e assentam em plintos paralelepipédicos. Têm fuste liso, fingindo mármore, marcado no terço inferior por anel, caneluras e elementos fitomórficos relevados. Ao centro, abre-se a tribuna em arco de volta perfeita, contornado por fina moldura dourada. É cerrada por tela pintada, colocada na segunda metade do século XX. No enquadramento encontram-se falsos nichos constituídos por mísulas e painéis de perfil contra curvo pintados. O do lado do Evangelho tem a imagem de S. Julião e do lado da Epístola a de Nossa Senhora do Amparo. Sob os nichos, situam-se as portas de acesso à tribuna com trono expositivo de cinco degraus.

No topo da nave do lado direito, situa-se o altar do Sagrado Coração de Jesus, outrora de Nossa Senhora do Rosário, e, no lado esquerdo, o de Nossa Senhora de Fátima que havia sido da invocação de Cristo Crucificado e do Nome de Deus. São iguais. Destacam-se ao centro os nichos de perfil contra curvo com moldura saliente dourada e as mísulas laterais. Alberga o primeiro, nas mísulas, as imagens de Nossa Senhora do Rosário e do Sagrado Coração de Maria, e, na base do nicho central, a de Nossa Senhora das Dores e do Menino Jesus, e o segundo, respectivamente, as de S. José e de Santo António, e dos pastorinhos, beatos Francisco e Jacinta.

Frontal à nave central, do lado direito, ergue-se o altar do Senhor dos Passos. Foi anteriormente dedicado a Santo António e a Nossa Senhoras das Necessidades. Em 1885, os devotos José Manuel Pereira Dantas, João Narciso Martins e Manuel Pedro, mandaram “encarnar o Bom Jesus dos Passos” e solicitaram à Junta de Paróquia autorização para colocar a imagem no altar da Senhora das Necessidades, obrigando-se eles a custear as despesas pela construção do mesmo altar. Na base do nicho central está colocada a imagem de Santa Verónica e nas mísulas laterais a de S. Sebastião e outra que parece ser a de S. Brás.

Do lado direito, frontal à nave central, situa-se o altar do Senhor da Cana Verde anteriormente sob a invocação das Almas. Nas mísulas estão colocadas as imagens de S. João Baptista e de S. Bartolomeu.

Por trás destes altares e lateralmente, observam-se molduras em granito em arco de volta perfeita assente em pilastras toscanas que devem ter servido como enquadramento de altares anteriores.

A existência de um espaço sagrado era de primordial importância para o grupo de vizinhos. A igreja assegurava a protecção de Deus para os vivos e para os mortos. Na Baixa Idade Média foi-se afirmando o princípio de que só a igreja paroquial tinha o direito de abrigar a sepultura dos seus fregueses. Os enterramentos eram feitos no adro (em tempos não muito recuados emergiam lápides funerárias no espaço a norte da igreja) e dentro da igreja. Em 1866, a Junta de Paróquia atendendo ao mau estado dos taburnos que cobriam as sepulturas, deliberou substituí-los por tampas de madeira de pinho demarcadas por guias de pedra, numeradas na cabeceira. Estas sepulturas foram aterradas na segunda metade do século XX e a madeira substituída por tijoleira. Mantêm-se as guias de cantaria. Outras se encontram em diferentes lugares como no guarda-vento e em frente ao altar de Nossa Senhora de Fátima. Na capela-mor, há uma lápide bem legível de 1896, e uma outra, próxima do altar-mor, com inscrição muito delida cuja data, 1680, não oferece dúvidas, e o texto parece reportar-se a um membro da família Fagundes. Em Setembro de 1746, a Gazeta de Lisboa, noticiava o falecimento de Martinho Francisco Pereira de Eça, casado com dona Micaela Pereira Pinto, senhora da casa de Bertiandos e do antigo Morgado dos Fagundes. Foi sepultado no jazigo da família, na capela-mor da igreja de S. Julião de Moreira. O seu funeral decorreu ao longo de três dias e contou com a presença de muitas comunidades e membros da nobreza, em especial de Ponte de Lima e Viana do Castelo.

A envolvente da igreja sofreu alterações ao longo dos tempos. Em 1551, o recinto era fechado com portas fronhas e tinha uma laranjeira dentro. Para além desta laranjeira, existiam uma horta, uma devesa e um pomar de laranjeiras, em seu redor. Em 1795, o adro era todo cercado com parede de cantaria e tinha a poente um cruzeiro pintado, formado sobre três degraus e um terreiro com várias oliveiras. A sul da igreja localizava-se a residência paroquial e seus anexos.

Nos finais do século XIX foi construído o muro de suporte e, no início do século XX, o cemitério que confronta com o adro a norte. Em 1964, o recinto foi beneficiado com o fornecimento de água captada numa propriedade do passal, Campo dos Painçais, no Lugar do Carreiro e, recentemente, foi calcetado, dotado de candeeiros, bancos e jardins.

A Igreja de S. Julião de Moreira do Lima, a nossa igreja, para os moreirenses, continua ser uma cidadela espiritual, a imagem da Jerusalém celeste. No espaço recolhido do templo ou, simplesmente, num banco do jardim sente-se o apelo à interioridade e uma onda de serenidade e confiança. Os nossos antepassados a erigiram e conservaram. A nós compete honrar esse legado e transmiti-lo às gerações vindouras.

 

Bibliografia:

– ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de
Novos Guias de Portugal: Alto Minho – Lisboa: Presença, 1987
História da Arte em Portugal: O Românico. Lisboa: Presença 2001

– COSTA, António Carvalho da – Corografia portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal... Tomo I. Lisboa: Officina de Valentim da Costa Deslandes, 1706

– COSTA, Avelino de Jesus da - A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho. In Separata do 1º Colóquio Galaico Minhoto. Ponte de Lima: Associação Cultural Galaico-Minhota, 1981. vol. 1, p. 206

– GARCIA RODRIGUEZ, Carmen – El Culto de los Santos em la Españha Romana y Visigoda. Madrid: C.S.IC, 1966

– Tombo da Freguesia de S. Julião de Moreira do Lima de 1551, trasladado em 1720, Arquivo Distrital de Braga

– Copea dos Autos do Tombo da Igreja e Freg.ª de S. Juliam de Moreira do Lima no termo de Ponte de Ponte de Lima: Feito no anno de 1795. Arquivo Distrital de Braga

– Livros de Actas da da Junta de Paróquia de S. Julião de Moreira do Lima: de 20/02/1866 a 22/08/1882, de 27/08/1882 a 16/08/1885, de 16/08/1896 a 17/03/1928, 05/05/1955 a 25/06/1968

– Notícias do Alto Minho: 1746 e 1747. Limiana: Página Regional de Arqueologia Artística e Etnografia. n.º 67 (1986), p. 4

– Ponte de Lima e freguesias do seu (actual) concelho nas Memórias Paroquiais de 1758, segundo o Dicionário Geográfico do Padre Luís Cardoso: Freguesia de Sam Juliam de Moreyra do Lima. Arquivo de Ponte de Lima. Ponte de Lima: Câmara Municipal de Ponte de Lima. Vol. V (1984)

– NOÉ, Paula – Igreja Paroquial de Moreira do Lima/Igreja de S. Julião. [em linha]. SIPA. [Consult. 1 Agosto 2012]. Disponível em: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPASearch.aspx?id=0c69a68c-2a18-4788-9300-11ff2619a4d2

 

Publicado na LIMIANA – Revista de Informação, Cultura e Turismo n.º 31, de Fevereiro de 2013

 

Fotografias: Armindo Júlio Marques

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

Sugestões