A história da Polícia de Segurança Pública em Ponte de Lima está indelevelmente marcada pela trágica morte em serviço, na madrugada do dia 19 de Maio de 1984, do Guarda José Gomes Pereira, de 45 anos de idade, depois de ter sido atingido no peito por um tiro de pistola disparado por Rafael Navarro Monteiro, de etnia cigana, conhecido por “Salero”, na sequência de uma diligência policial junto do café Katekero, desta vila, em que era acompanhado pelo Guarda Manuel José Alves Vieira.
Natural da freguesia de S. Martinho da Gandra, onde nasceu, em 26 de Agosto de 1938, o Guarda José Gomes Pereira era filho de Joaquim de Sousa Pereira e de Conceição Gomes Pereira e casado com Maria da Ascensão Torres. Para além da viúva, deixou três filhos: José Manuel, Maria Manuela e Aida da Conceição Torres Pereira, sendo estas menores à data da sua morte.
Em reconhecimento dos serviços prestados a Ponte de Lima, foi-lhe atribuída a título póstumo pela Câmara Municipal, em reunião de 27 de Janeiro de 1997, a Medalha de Mérito Municipal de Altruísmo, entregue pelo Comandante do Comando Distrital de Viana do Castelo, Intendente Manuel Martins de Barros, à sua filha Aida da Conceição, na sessão comemorativa do Dia de Ponte de Lima de 4 de Março desse ano, que teve lugar no Cinema Rio Lima.
Na sequência dessa distinção, o nome do Guarda José Gomes Pereira foi evocado no Boletim Municipal de Ponte de Lima do mês de Março de 1997, nos seguintes termos:
“A população limiana jamais o esquecerá. Destemido, dialogante e compreensivo, encontrou a morte no cumprimento das suas funções. Este agente da P.S.P. ficou para sempre guardado na memória do povo do nosso concelho”.
O seu nome está também perpetuado no Memorial de Homenagem da Polícia de Segurança Pública aos seus Mortos, na Direcção Nacional da PSP, em Lisboa, onde figuram os nomes de centena e meia de polícias que perderam a vida ao serviço da Ordem e do País.
Resenha histórica da presença da PSP em Ponte de Lima
