No dia 30 de novembro de 2019, foi lançado na Academia de Música de Ponte de Lima o livro A feira e as tascas de Ponte, da autoria de Franclim Castro Sousa, ex-Vereador da Educação, Cultura, Ação Social, Juventude e Desporto de Ponte de Lima, editado pela Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, com apresentação de Daniel Campelo, ex-Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Deputado e Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural. Na sua intervenção, Daniel Campelo traçou rasgados elogios ao autor e relevou a importância afectiva da obra para todos os limianos.

A sessão de lançamento traduziu-se num enorme sucesso, não só pela numerosa assistência, que não coube no auditório, como por ter-se esgotado a 1.ª edição logo no dia da sua apresentação pública, o que levou a editora a promover de imediato a 2.ª edição, disponível desde meados de Dezembro de 2019.

Com este livro, o autor pretende “apresentar várias realidades da Feira, a sua evolução e permitir ao leitor situar-se no antes e no depois e aos mais interessados possibilitar uma reflexão sobre a Feira de hoje e a influência que o progresso tem na alteração dos hábitos, no viver e no sentir”, socorrendo-se, para o efeito, de excertos de textos de diversos autores, como o Conde d’Aurora, Manuela Couto Viana, Leite de Vasconcelos, José Luís Branco, Maria Emília Amaral Teixeira, Augusto Castro Sousa e José Rosa Araújo.

Por sua vez, a intervenção do autor “vai no sentido de renovar a importância da Feira de Ponte de Lima para que continue o seu caminho de preponderância no rol das feiras e se imponha sempre como um espaço de negócio, de namoro, de convívio, de contratos e de encontro de amigos e de familiares. A referência às tascas procura estabelecer a sua relação com a feira e remexer as sensibilidades dos que viveram este tempo e dos que sabem apreciar a história das terras.”

Ainda segundo o autor, “esta publicação tem o intuito de homenagear os homens e mulheres que se dedicaram e dedicam ao trabalho de dirigir os negócios da feira e das tascas de Ponte de Lima, não esquecendo os carreteiros que com os seus carros de bois transportavam as pipas de vinho do produtor para as tascas.”

Na opinião de Daniel Campelo, autor do prefácio do livro, “o que pode fazer a diferença em Ponte de Lima não é o Rio ou a Ponte mas sim a forma como olhamos e conservamos aquilo que era nosso e que decidimos integrar e conservar como memória viva de quem nos passou o testemunho de vida, de hábitos e de culturas. Fica o contributo deste livro, a par de outros, nestes e noutros detalhes da nossa memória colectiva, para que se algum dia alguém quiser saber o que aconteceu, ou se ousar tentar reconstituir esses modelos como cartão turístico e cultural, o possa fazer de forma mais aproximada à realidade.”