A Quetzal Editores acaba de fazer chegar às livrarias Páginas Esquecidas, um volume que recupera uma parte fundamental (e infelizmente negligenciada) da obra de Agostinho da Silva: os chamados Cadernos de Agostinho.
Os Cadernos, de que aqui se reúne mais de uma trintena de títulos (dos 125 títulos publicados e distribuídos por Agostinho da Silva), procuravam «fornecer ao maior número de pessoas “uma informação quanto possível certa e objetiva sobre o que no mundo significa progresso”», e ajudaram a formar gerações de leitores de diferentes proveniências sociais e faixas etárias – promovendo o interesse e as bases necessárias a uma cultura geral sólida.
Com fixação de texto, seleção, introdução e notas de Helena Briosa e Mota, Páginas Esquecidas inclui cadernos sobre literatura, história, história das religiões, pintura, biologia, filosofia, tecnologia, engenharia – a que se juntam alguns documentos inéditos, entre eles, uma série de palestras radiofónicas, fac-símiles, fotos e ilustrações.
Figura ímpar da cultura portuguesa, Agostinho da Silva deixa um formidável legado e uma notável obra de democratização da cultura.
A sessão de lançamento, em jeito de homenagem, que contou com a presença e a participação do Professor Adriano Moreira, decorreu a 13 de fevereiro (dia de aniversário de Agostinho da Silva), perante vasta assistência que encheu o auditório do El Corte Inglés, em Lisboa.
A apresentação esteve a cargo do Professor António Cândido Franco, autor da biografia de Agostinho da Silva O Estranhíssimo Colosso, editada igualmente pela Quetzal, em 2015, tendo terminado com a intervenção de Helena Briosa e Mota.
13 de Fevereiro de 2019
Agostinho da Silva
Agostinho da Silva, pop-star, o último sedutor, dialogante vivo e disponível, desorganizador e agitador benévolo e sorridente, latinista e filólogo por formação, tradutor, poeta, biógrafo, ensaísta, ficcionista e professor, fez incursões pela entomologia e pela pintura, relojoaria, cerâmica e azulejaria. Estudou história, línguas, filosofia, teologia, matemática, ciências exatas e naturais. Acima de tudo, despertou-nos para a liberdade e a ousadia plenamente vividas. A sua figura marcou em definitivo o século xx português.
Helena Briosa e Mota
Helena Briosa e Mota é professora e mestre em Educação, além de tradutora. Dedica-se a investigar a obra pedagógica de Agostinho da Silva. Responsável pela seleção, anotação e estudos introdutórios dos volumes Textos Pedagógicos I e II e Biografias I, II e III, integrados nas Obras de Agostinho da Silva. Promoveu o levantamento de espólio de Agostinho da Silva, tendo a seu cargo o processo da PIDE/DGS. Publicou estudos em jornais e revistas. É co-autora de Uma Introdução ao Estudo do Pensamento Pedagógico do Professor Agostinho da Silva.
Páginas Esquecidas
Agostinho da Silva
“Nascidos sob o desígnio de abranger o maior número possível de áreas de saber, estabelecendo, de forma sólida, os alicerces de uma cultura geral, os Cadernos de Agostinho contribuíram em grande escala para a formação integral de jovens e adultos de todas as classes sociais.”
(do Prefácio de Helena Briosa e Mota)
“Os Cadernos, a melhor produção de Agostinho.”
António Telmo
“[…] os Cadernos, notabilíssimos, entre outras razões porque tiveram uma influência enorme na formação de sucessivas gerações.”
Mário Soares
“Não esqueço os pequenos cadernos, os Cadernos de Cultura, que só se encontram nos alfarrabistas, sobre figuras históricas e conhecimentos úteis – autênticos breviários de conhecer, de ver o mundo com olhos de ver.”
Guilherme d’Oliveira Martins
Foi a grande época do Agostinho, em que ele acreditou na divulgação da cultura, em que publicou os Cadernos de Cultura e os Cadernos de Antologia. Tudo servido em prestações inofensivas que nós íamos deglutindo sem esforço, sem laranja para tirar o gosto do óleo de fígado de bacalhau.”
Ruben A.
“Os Cadernos de Agostinho da Silva cultivavam em nós o amor da inteligência, da sensibilidade, da tolerância, da fraternidade, da crença (ilusória?) no triunfo do obscurantismo.”
Augusto Abelaira
“Fazer coisas desta qualidade e com este aspecto gráfico, e acessível a muita gente, isto é contribuir para o processo de democratização da educação.”
Luiza Cortezão e Irene Cortezão
Ponte de Lima no Mapa
Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.
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