Celebrou-se, no passado dia 8 de Junho, a festa dos Beatos Francisco Pacheco e Companheiros Mártires, conhecidos entre nós como os “Mártires do Japão”.
São ao todo 205 mártires, que sofreram o martírio entre os anos de 1617 e 1632, na época a que se refere o filme “Silêncio”, há poucos meses apresentado em Portugal.
Este grupo de mártires foi beatificado precisamente há 150 anos (7 de Julho de 1867), pelo Papa Pio IX. Dele fazem parte 166 cristãos leigos e 39 sacerdotes – supliciados entre os anos de 1617 e 1632.
Deste grupo sete são portugueses: cinco religiosos jesuítas, um religioso agostinho e um cristão leigo. Os cinco jesuítas são:
1.- João Baptista Machado, de Angra do Heroismo (Sé), degolado em Omura, a 22 de Maio de 1617. Tem festa própria a 22 de Maio, como “Solenidade” na Diocese de Angra de que é Padroeiro, e como “Memória Facultativa” (MF) na Companhia de Jesus.
2.- Ambrósio Fernandes, de Xisto (ou Sisto), Porto, falecido, devido a maus tratos, na cadeia de Omura, a 7 de Janeiro de 1620. É comemorado a 8 de Junho, como “MF” na Companhia de Jesus.
3.- Diogo de Carvalho, de Coimbra, morto em tanque gelado, em Xendai, a 22 de Fevereiro de 1624. Tem festa própria a 7 de Julho, como “MF” na Companhia de Jesus.
4.- Miguel Carvalho, de Braga (São João do Souto), queimado vivo, em Omura, a 25 de Agosto de 1624. Tem festa própria a 25 de Agosto, como “MF”, quer na Arquidiocese de Braga quer na Companhia de Jesus.
5.- Francisco Pacheco, de Ponte de Lima (Igreja Matriz), queimado vivo em Nangasáki, a 20 de Junho de 1626. Tem festa própria a 20 de Junho, como “Memória” na Diocese de Viana do Castelo e como “MF” na Companhia de Jesus.
Os outros dois nossos compatriotas são:
6.- Vicente de Santo António (ou Vicente Carvalho), religioso agostinho, natural de Albufeira, Algarve, queimado vivo em Nagasáki, no dia 3 de Setembro de 1623.
7.- Domingos Jorge, cuja esposa japonesa (Isabel) e filho (Inácio), fazem também parte deste grupo de 205 mártires, é natural de Vermoim da Maia, (Igreja Paroquial). Foi queimado vivo em Nagasáki, a 18 de Novembro de 1619.
A festa litúrgica do conjunto destes Beatos Mártires do Japão, identificados também como “Carlos Spínola e Companheiros Mártires”, celebra-se em Portugal, a 8 de Junho. No entanto, alguns destes mártires têm comemoração própria, quase sempre no dia aniversário do seu martírio, como é o caso do Beato Francisco Pacheco (20 de Junho).
Padre João Caniço, S. J.
Causa de Canonização dos Mártires do Japão
Estrada da Torre, 26
1750-296 LISBOA
Telef. 217 541 626
Telm. 919 313 946
Email: martires@netcabo.pt
Ponte de Lima no Mapa
Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.
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