Monsenhor, Doutor, Padre – José Gomes de Sousa conquistou todos estes merecidos títulos graças ao seu trabalho intenso, à sua reconhecida dedicação ao bem comum, à sua vida de pároco digna do maior registo.

Se todas as distinções lhe são devidas e merecidas, eu prefiro – se me consente – tratá-lo apenas respeitosamente por Padre Zé.

É assim que é conhecido e posso afirmar, com convicção, que é a designação que melhor lhe assenta e que mais estima. É que o Padre Zé é padre de corpo inteiro e pároco exemplar.

Tenho seguido a vida pastoral do Padre Zé – sempre que a minha vida em Ponte de Lima o consente –, podendo testemunhar o seu apoio à juventude, que lhe retribui com o maior respeito; o dinamismo que deu à sua paróquia; e a vertente social que é reconhecida por todos e que a muitos tem dado resposta positiva. Basta assistir aos actos religiosos que dirige para ficar a saber que o nosso Padre Zé tem sabido chamar a esses actos uma multidão de fiéis que responde à sua chamada e é convicta admiradora da sua vida exemplar.

Um diplomata meu amigo assistiu uma vez a uma missa dominical, na nossa Matriz, e dizia-me: “nunca vi tanta gente a assistir a uma missa; este padre entra no coração das pessoas e à comunhão ocorre uma multidão”. Corroborei a afirmação, que corresponde à realidade.

O Padre Zé tem ainda o condão de impor respeito e ordem com bonomia que leva os visados a acatar a sua posição sem contestação.

É disto exemplo a forma firme mas cordata com que exerce – com agrado de todos os irmãos – as funções de Presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima.

Sou testemunha dessa postura e do carinho que lhe merece aquela instituição.

O Padre Zé tem ainda uma qualidade que é cada vez mais rara: é um amigo com que sempre se pode contar e, se me permite, gostaria que me considerasse seu amigo, pois tenho sinceras razões para o desejar.

O Padre Zé merece – não elogios que dada a sua modéstia recusará – palavras sinceras e eu penalizo-me por não ter “engenho e arte” para as escrever.

Os seus amigos, os seus paroquianos, Ponte de Lima vão homenageá-lo pelos 50 anos de exemplar vida sacerdotal. É uma dívida que fica apenas abatida. Bem merece esse reconhecimento e espero poder dizer: presente!

Gostaria – um dia que Deus escolherá – de o ter a meu lado. Partiria mais leve.

Publicado na LIMIANA – Revista de Informação, Cultura e Turismo
n.º 49, de Abril/Maio/Junho de 2017