‘O Santuário de Nossa Senhora da Boa Morte’ é o título do novo livro de Eduardo Pires de Oliveira com fotografia de Amândio de Sousa Vieira.
O livro apresentado a 31 de Julho, no Santuário que lhe dá nome, surge da conjugação das vontades dos autores: de uma visita ao Santuário, que há 26 anos atrás, marcou o escritor Eduardo Pires de Oliveira, e da dedicação à cultura e aos valores da terra de Amândio de Sousa Vieira.
Segundo os autores, na freguesia de São Tomé da Correlhã, em Ponte de Lima, guarda-se o segredo mais insólito do Barroco Português. Este foi o mote do livro que, nas palavras do autor Eduardo Pires de Oliveira “vai ser enviado para os maiores especialistas portugueses”.
Dircetor da Revista “Minia” e autor de mais de 250 livros e artigos em revistas científicas ou actas de congressos, Eduardo Pires de Oliveira afirmou que, para si, esta publicação representa para o autor um momento “de paz, pois este livro tem 20 anos, há 20 anos que foi escrito e depois de muitas lutas, depois de muitos momentos finalmente saiu. Agora começa a luta por passar este livro para todos os especialistas em Portugal, de forma a que um dia, o Apostolado vá começar a aparecer nos manuais de História da Arte Portuguesa.”
Por sua vez Amândio de Sousa Vieira afirma que o livro surge fruto de “uma intimidade muito grande com este Santuário, com as pessoas, com a cultura da terra, por que me apaixonei verdadeiramente.” O fotógrafo considera que pelo “património, história, comportamento e atitude”, “a Correlhã merece muito esta atenção, este carinho, e este livro que hoje tem aqui”.
A apresentação do livro assinalou também as Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Morte. Um momento em que D. Fátima Oliveira, presidente da Junta de Freguesia da Correlhã revela, “Em relação ao Santuário de Nossa Senhora da Boa Morte, tenho um sentimento de dever cumprido. Fiz o meu trabalho como zeladora. Sabia que isto era um anseio da freguesia e de todas as Comissões de Festas”.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Victor Mendes, este é “um objectivo de algumas décadas, que era o de ter uma monografia dedicada ao Santuário de Nossa Senhora da Boa Morte. Um Santuário que tem cerca de três séculos, que tem um retábulo e um Apostolado que é considerado por muitos conhecedores da História da Arte de uma importância enorme, mas que naturalmente encerra também uma história de um povo, de homens e mulheres que ao longo dos séculos ajudaram a construir este Santuário, este parque da Boa Morte, mas também esta freguesia, este território que é realmente um território com alma, com uma enorme identidade cultural que tem em atenção a preservação, a manutenção e a valorização do seu património como um factor decisivo ao seu desenvolvimento”.
