Historial da Academia de Música Fernandes Fão

 

Historial da Academia de Música Fernandes Fão

 

A Família Fernandes Fão é sobejamente conhecida em Vila Praia de Âncora, no entanto, foi a sua forte ligação à Música, no início do século XX, que determinou a escolha, pelos fundadores, do nome Fernandes Fão para a Academia de Música, como homenagem a tão distintos artistas que prestigiaram a terra à qual estavam ligados.

Emília, Joaquim e Arthur, filhos de Constantino Fernandes Fão, grande amante da música, e de mãe italiana, foram, de entre todos os irmãos, aqueles que, no campo musical, mais se destacaram nesta família, tendo-se notabilizado como músicos de projeção nacional e internacional.

A primeira obteve, com distinção, os cursos de piano, harmonia e violino no Conservatório de Música de Lisboa e era uma artista de rara sensibilidade.

Joaquim, nascido em 1878, na Argentina, teve uma carreira fulgurante, marcada pela regência e reorganização da Banda da GNR, como compositor, primeiro violino em todas as orquestras a que pertenceu e como solista na orquestra Blanch.

Arthur nasceu já em Vila Praia de Âncora, no ano de 1894. Obteve os cursos superiores de violino, contraponto, fuga e composição, com distinção, no Conservatório de Música (Lisboa), onde regeu a orquestra em composições de sua autoria. Foi primeiro violino nas orquestras de ópera e sinfónica, e compôs várias obras de canto, bem como uma de Teoria Musical, seguida nos Conservatórios de Música e nos Ministérios da Guerra e Marinha. Foi nomeado regente da Banda da Armada em 1920, sendo de referir que foi o maestro mais novo a iniciar funções em todo o historial desta Banda, permanecendo lá até 1956.

No início dos anos 90, Maria Filomena Fernandes Fão Rodrigues doou à Academia de Música Fernandes Fão (AMFF) o espólio da família, referente aos tios Emília, Joaquim e Arthur.

A Academia de Música Fernandes Fão foi idealizada em Agosto de 1988, por quatro Instituições: o Centro Cultural e Social de Vila Praia de Âncora, o Orfeão de Vila Praia de Âncora, a NUCEARTES e a Banda Típica da Casa do Povo do Vale do Coura de Caminha. A escritura foi celebrada no Cartório Notarial de Caminha, a três de Maio de 1989. Reconhecida pelo Ministério da Educação, e com autonomia pedagógica, é um motor de dinamização cultural da região onde se insere, tendo vindo a corresponder aos objetivos que estiveram subjacentes à sua constituição.

Em 2007, a Instituição alargou o seu âmbito de atuação, com a criação do Pólo de Ponte de Lima. A criação do Pólo de Caminha, em edifício próprio cedido pela Câmara Municipal de Caminha, através de protocolo, é uma realidade desde setembro de 2013.

Atualmente, a AMFF acolhe alunos dos Concelhos de Caminha, Ponte de Lima, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira e Melgaço.

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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