Cláudio Lima - “Três Cadernos”: reafirmação de uma poética, por David F. Rodrigues

 

Cláudio Lima - “Três Cadernos”: reafirmação de uma poética, por David F. Rodrigues



David F. Rodrigues



Na vasta e multifacetada obra de Cláudio Lima, que vai da poesia ao conto, do ensaio à crítica, da crónica à diarística, publicada em volume e antologias, em páginas de revistas e jornais, Três Cadernos é, em volume autónomo, o seu décimo oitavo livro e o décimo de poemas(1). Nesta coletânea, o poeta reúne 58 belíssimos poemas, que reparte por três capítulos: «Enquanto Espero», «As Casas» e «D’Amor».

À exceção do primeiro, os outros dois capítulos são introduzidos por epígrafes de poetas portugueses, citações que funcionam como referências hipotextuais das respetivas temáticas: a casa (com versos de Eugénio de Andrade, de António Salvado e de José Fernandes Fafe) e o amor (com 4 versos d’Os Lusíadas: 2 do canto III e 2 do canto IX).

As epígrafes prefiguram e autorizam, em princípio, os textos reunidos nos diferentes capítulos. Não obstante, o poeta epigrafa, ainda, dois poemas: «Crianças» e «Comigo me desavim». Neste, a epígrafe funciona como título. É o primeiro verso da célebre «trova à maneira antiga» de Sá de Miranda(2), que Cláudio Lima incorpora no seu poema, uma belíssima cantiga de amor. É, formalmente, um soneto, único que, respeitando a estrutura do subgénero, se lê em Três Cadernos.

 

Comigo me desavim
(Sá de Miranda)

 

Ando contigo em mim

ao longo de tantos anos

e por tantos desenganos

comigo me desavim

 

Não deveras ser assim

autora de tantos danos

de tantos tratos tiranos

de arbítrios sem fim

 

Demais sofro o desvario

por esse porte tão frio

tão ferido de desdém

 

Mas ai de mim!, desconfio

que por mais que apele ao brio

serei sempre teu refém(3)

 

Construído em versos de redondilha maior, nele, o sujeito poético canta a sua condição de eterno refém da amada, apesar de, ficticiamente, por ela não se sentir correspondido. Em desavença anda, por isso, consigo próprio. Também ele, como o poeta contemporâneo de Camões, não consegue libertar-se do inimigo que traz dentro de si. Com uma significativa diferença, porém: enquanto o imigo do poeta do Neiva é ele próprio, o inimigo do atual poeta do Lima é a sua amada. Amada que, a meu ler, não será apenas ou tanto a pessoa querida, mas, antes e sobretudo, a poesia, como tal personificada.

O outro poema epigrafado é «Crianças». Cláudio Lima introdu-lo por dois versos (o segundo incompleto) de Nuno Júdice, colhidos no poema «Uma Questão de Tempo», do livro O Fruto da Gramática. É, formalmente, um poema em prosa (tal como o do poeta citado).

 

CRIANÇAS

 

“Do outro lado da casa, as crianças brincam com o tempo

que corre para que elas não brinquem com ele.”

 

Nuno Júdice, O Fruto da Gramática, 18

 

 

São nossas e do vento que lhes transporta a voz

chilreada para além dos muros

 

Pouco mais sabem do que correr sem a mínima

urgência ou precisão

 

Correm, imitam o voltear das aves e a recreação dos

gatos na agilidade elástica de pulos e disputas

 

Copiam dos adultos o afã com que obedecem à espora

pungente do dever

 

São a alegria da casa, o seu mais precioso tesouro, em

berços que baloiçam como barcos

 

Repito: ainda é cedo para saberem como gira o mundo(4)

 

Ainda na área da intertextualidade, além destas citações explícitas, encontram-se algumas outras, em alguns outros poemas, não identificadas nem assinaladas pelo poeta, porque facilmente reconhecíveis pelo leitor. Tais citações encontram-se no poema «Uma Casa Portuguesa e Tu Lá» e no título do seguinte, «Quatro Paredes Caiadas»(5). Remetem-nos poema e título para a mesma canção, nacional e internacionalmente celebrizada por Amália Uma Casa Portuguesa – cuja letra é atribuída ao poeta Reinaldo Ferreira(6).

 

UMA CASA PORTUGUESA E TU LÁ

 

Longo caminho para lá chegar

cães e cabras muito por ali e pássaros

em voos e vozes num céu amplo de azul lavado

 

Casa pequenina: quatro paredes caiadas

sem hipoteca nem pesados ónus

num lugar sem nome e cheiro a alecrim

 

E tu lá

 

Pão e vinho sobre a mesa: broa

e verde tinto espumando

em caneca de barro sobre toalha de linho

 

E tu lá

 

Um S. José de azulejo

sobre a porta principal por onde entram

ventos parentes pedintes

 

E tu lá

 

Um cacho de uvas doirado duas rosas do jardim

mais o sol da primavera

tudo quanto basta e anuncia

uma promessa de beijos

 

Se tu lá

 

Um caldo verde fresquinho com tora e olhos

de puro azeite a fumegar na tigela

ementa frugal mas bastante

para noites de estrelas e de sonhos

 

Se tu lá oh se tu lá

 

Ao revisitar e poeticamente rever e ampliar a conhecida canção, Cláudio Lima está, ao mesmo tempo, a reinterpretar e a revalorizar o hipotexto de Reinaldo Ferreira, dando-lhe um caráter mais discursivamente dialógico e polifónico. E não é só porque nele o poeta se dirige a um tu, explicitamente invocado e convocado.

A propósito destas inter e intratextualidades, presentes nestes Três Cadernos, é de recordar a pertinente observação que, sobre a poética de Cláudio Lima, faz José Cândido Oliveira Martins. Ao analisar criticamente o volume Itinerâncias, este especialista salienta que, entre outros aspetos, «a escrita» deste nosso poeta «mantém um fecundo diálogo com a tradição literária e cultural»(7).

Regresso ao título deste conjunto de belíssimos poemas. Construídos, embora, segundo paradigmas estruturais diversos, encontramos neles a reafirmação dessa poética. Poemas que, textos sendo, gozam de relativa autonomia, podendo, por isso, ser isolados e lidos autonomamente.

Cláudio Lima chama cadernos a este seu novo livro. Ao usar o termo, o autor indicia, a meu ler, que nele reuniu uma seleção de inéditos em arquivo (manuscritos, por certo), sobre as temáticas tituladas em cada um dos capítulos. Daí, atrever-me a inferir: de três cadernos, três capítulos. Mas convirá não esquecer que, a dada altura da vida, um poeta já não escreve para a gaveta. A sua arte já precisa do crivo do tempo. Mas, um dia, lá chegará o momento de deixar a secretária limpa e arrumada.

Cadernos manuscritos – propus – já que um poeta escreve ou começa a escrever um poema sempre à mão. Mesmo que à mão não tenha papel. É pelo impulso de uma palavra, de uma expressão, de uma ideia (mais ou menos clara ou difusa), de um verso (mais ou menos completo), que, registando-os, num desses blocos de notas (não confundir com livro de cheques), pode, depois ou de imediato – também acontece – criar um poema.

A feliz ocorrência de, logo à primeira, o objeto poético sair perfeito, só se verificará, contudo, quando o poema já vem sendo construído mentalmente e, logo que escrito, lido e visto na sua redação final. Dar-se-á, nesse caso, uma «Rapidinha», título de poema que o lúcido e lúdico poeta nos oferece, em belos versos, bem temperados por delicada e sugestiva sensualidade, sexualidade:

 

RAPIDINHA

 

Vou aproveitar estes instantes

em que nada espero

para estimular o desejo

intempestivo

de me ir aos versos

 

Uma rapidinha lírica

e lúbrica

aqui onde nada espero

nem me espera

 

Basta apalpar a epiderme

quente e macia da primeira palavra

oferecida

e logo deflagro

em súbita solitária exaltação

 

Precoce incontrolada

ejaculação de versos(8)

 

Esta relação erótica do sujeito poético com a palavra e a vida, sabiamente ponteada, às vezes, por uma sadia ironia, é uma das marcas do poetar deste escritor. Como em «Olhos Meus», poema de versos cadenciados e melodiosos, cantáveis, devido à rima alternada dos versos, onde não falta, também, um certo tom satírico.

 

OLHOS MEUS

 

Abram-me a janela de par em par

quero beber o sol de nascente a poente

a energia elétrica é a pagar

e a luz que fornece é luz doente,

 

tão mortiça e tão doente

tão de pouco alumiar

que se o sol está ausente

vejo bem com o luar

 

E se a lua também se esconde

e me deixa na escuridão

a luz do olhar diz-me onde

palpita teu coração

 

Haja ou não sol ou lua

sei de cor o caminho

por onde minha alma vai ter com a tua

ansiosa por dormir no mesmo ninho(9)

 

Feita esta abordagem (evidentemente superficial) de Três Cadernos, cabe referir os pontos principais que julgo encontrar no conjunto dos poemas que o constituem.

É nos capítulos segundo e terceiro onde nos aparece um sujeito poético com um imaginário mais solar, onírico, erótico e, por vezes, mesmo dionisíaco. E, daí – convém dizê-lo – mais alegre, mais divertido e, logicamente, mais afetivo.

Nos poemas de «As Casas», o poeta compraz-se e compraz-nos, por um lado, em poeticamente cantar, ora espaços interiores, domésticos e familiares, que viu, onde viveu e conviveu; ora espaços exteriores, paisagens humanizadas e naturais, em cenários cada vez menos humanizados ou mais desumanizados. É a casa rural que o poeta vê e nos dá a ver. Com certa nostalgia crítica, perante o estado de degradação e abandono, em que muitas dessas habitações e povoados se encontram, atualmente.

Veja-se, como exemplo,

 

CASA VAZIA

 

Uma casa vazia não é casa

 

Mesmo que os materiais respirem

e o sol a inunde o dia todo

 

Faltam-lhe os gemidos do amor o crepitar

do lume

 

Pode ter geometria

e todas as licenças camarárias

 

Não é casa

 

Um vazio de filhos e de flores

reduz o espaço a coisa nula

 

Onde a arca o louceiro o escabelo

e o forno onde o pão se multiplica

para sustento da família e de quem chega?

 

Numa casa assim nem as paredes

reconhecem mais que o vento como dono(10)

 

No capítulo terceiro, o poeta oferece-nos poemas de amor. Repare-se que Cláudio Lima contrai, parcialmente, recorrendo ao apóstrofo, a preposição e o nome – «D’Amor» – para nos prevenir que se trata de textos de amor e não de um amor determinado, concreto. São os encantos e/ou desencantos pela pessoa amada, amante ou amável que o poeta, cantando, evoca e/ou invoca. Poemas d’amor, onde há um evidente erotismo, sem nunca, todavia, baixar a linguagem a níveis do mau gosto, mesmo quando o impulso, a ousadia, a estratégia, a súplica, os preliminares (títulos de poemas), a sedução, o prazer e suas práticas são evidentes, metaforicamente evidentes, evidentemente.

Assista-se, com a discrição devida, ao seguinte

 

RITUAL

 

Ajoelhas na timidez de o olhar

de pé

 

E dizes belo

 

Como quem reza

unes as mãos em ogiva

numa carícia lenta

 

E dizes forte

 

Depois

como quem receia um furto

guarda-lo no mais íntimo esconderijo

do teu corpo

 

E dizes meu(11)

 

«Enquanto Espero» é o título que Cláudio Lima dá ao primeiro capítulo e ao segundo poema de Três Cadernos.

 

ENQUANTO ESPERO

 

Quando estou na sala de espera

desta clínica

o tempo enreda-se em mim

ardilosamente

 

O tempo que ali apodrece esperas

entre lamentos permutados

e folhas fanadas de revistas

de lavores e lazeres

 

Quando estou nesta sala de espera

decifro rostos macerados

onde a dor cinzelou

máscaras cicatrizes medos

 

E é como se todas as dores do mundo

confluíssem para a minha alma

que mesmo antes de qualquer exame

sabe que sofre da síndrome incurável

da espera(12)

 

O tempo é, de facto, a principal temática deste caderno/capítulo. Tempo que, como veio subtil, percorre também outros poemas deste livro.

Tempo, mas que tempo? – perguntar-se-á.

Trata-se, evidentemente, de um tempo de espera, de uma situação ou condição de espera, como a conjunção e o verbo, em sintagma, com função discursiva adverbial, indiciam. De espera por algo ou em algo, por alguém ou em alguém. Alguém que tanto pode ser o eu do poeta que, enquanto sujeito poético e/ou enquanto sujeito empírico, sobre si próprio se debruça, como um tu ou um ele, com quem se dialoga ou quer dialogar. Um eu, um tu, um ele, alguém ou algo que se sente ou pressente, num presente. Presente pessoal e socialmente vivido, real ou simbolicamente, e sobre o qual o poeta reflete, enquanto poeta (escreve), convidando o leitor, se não a segui-lo, a acompanhá-lo no pensamento e em pensamento, enquanto lê, o lê. Daí a dimensão metafísica e reflexiva que marca estes poemas. Sirva de exemplo, entre outros:

 

OUSADIA

 

Nenhum instante sustém

a rédea ao pensamento

 

Veloz vence a distância

de um a outro limite

a que se lança

 

Qual Ícaro renascido

e de asas incombustíveis

sobe às esferas do sol

 

Lá onde nenhum tempo tem espora

nem espera(13)

 

Tratando-se de um tempo de espera, que o poeta vai preenchendo, escrevendo, sobre as condições de ser e existir, sua (enquanto escritor e homem deste mundo) e dos outros, sobretudo daqueles que se encontrem em situação de espera, será esse tempo, serão esses tempos presentes (atuais), também de esperança?

Neste capítulo predomina, a meu ler, o imaginário noturno do poeta, o seu lado angustiado, pessimista e sofrido, mesmo de relativo cansaço, ferido que está pela pungente espora do tempo. Nunca, porém, de desesperança total, embora, por vezes, se vislumbre o desânimo e a incerteza, quando breve será a espera de um fim esperado, também ele breve. Ainda que uma réstia de felicidade reste, ainda que sem tempo de eternidade. Como no belíssimo poema

 

REGISTO

 

Hoje vi uma velhinha

senti nos olhos dela

a primavera

 

Eram líquidos e verdes

como a água e como

provavelmente

o lastro da alegria

 

Ela vai morrer não tarda

nada – e tudo

ficará exatamente

como este hoje suave

e feliz estar aqui

 

Porque o instante

de seus olhos assim verdes

dispensa qualquer nexo

de eternidade(14)

 

São, todavia, os sentimentos de indiferença e abandono, vistos e vividos como injustos e ingratos, porque inesperados, após uma vida dedicada à realização de um projeto de escrita responsável, desde o início, que parecem levar o poeta a um amargo desânimo, simbólica e catarticamente configurado em

 

DESISTÊNCIA

 

Em vida já não tenho chances

de morto não me interessa tê-las

intentei arrojados lances

qual Ícaro rumo às estrelas

 

Fiz de mim um projeto inexequível

num país onde se dorme e se rasteja

onde sonhar alto é impossível

porque até o sonho causa inveja

 

Poeta me supus e me rasguei

em desânimo extremo absoluto

 

Pelo finado sonho a que me dei

resta-me apenas respeitar o luto(15)

 

Três Cadernos é, com efeito, mais um livro de belos poemas de Cláudio Lima. Ele aí está, à espera da leitura particular de cada um, enquanto esperamos pelo próximo, que, como o presente, será mais uma reafirmação da poética deste nosso poeta.

 

 

Notas

 

Com ligeiras alterações (nomeadamente: redução de comentários e anulação de marcas de oralidade, aqui substituídas por notas de rodapé), este texto foi lido como apresentação de Três Cadernos, na Feira do Livro de Braga, a 11 de julho de 2017.

 

(1) Cf. «Obras Principais» do escritor, em LIMA, Cláudio, 2017: Três Cadernos. Fafe: Labirinto, p. 79. No modo poesia, o escritor tem publicados: A Foz das Palavras (1970, 2.ª ed. 2009); Itinerarium (1994); Itinerarium II (1998); Maçã p’ra Dois (2001); Vate do Reino (2003); Arte de Amar, Ponte de Lima (2004, com fotografias de Amândio de Sousa Vieira); Itinerarium III (2006); Itinerâncias (2010, inclui os Itinerarium [I] a III e, de inéditos, Itinerarium IV); Elogios / Elegias (2014). Além disso, reúne poemas e prosas sobre o Natal, em Outrora Dezembro (2007). Em http://pontedelimacultural.pt/as-pessoas-subpag.asp?t=paginas&pid=1017&mpid=31 encontra-se uma breve descrição editorial e crítica de cada título.

 

(2) Cf. MIRANDA, Sá de, 2004: Poesias. Lisboa: Planeta DeAgostini; pp. 16-17. (Nota biobibliográfica por Vasco Graça Moura, diretor da coleção.)

 

(3) LIMA, 2017: 70.

 

(4) Id.: 46. O segmento «ainda é cedo para saberem como gira o mundo» ocorre, pela primeira vez, no belo poema em prosa «Aproximação ao povoado», cap. «As Casas». [Cf. id.: 37] Por se tratar de gralhas, corrigi a transcrição da epígrafe e o título do livro de Nuno Júdice. [Cf. JÚDICE, Nuno, 2014: Fruto da Gramática. Lisboa: Dom Quixote; p. 18]

 

(5) LIMA, 2017: 40-41 e 42.

 

(6) Reinaldo Ferreira nasceu em Barcelona, em 1922, e faleceu, em Lourenço Marques, em 1959, aos 37 anos, vítima de cancro pulmonar. O pai tinha o mesmo nome e foi o célebre Repórter X, jornalista, dramaturgo e cineasta português que viveu entre 1897 e 1935.

 

(7) MARTINS, José Cândido de Oliveira, 2011: «Cláudio Lima, Itinerâncias: poética da palavra e da luz». Limiana, Ano V – N.º 21. Lisboa: Casa do Concelho de Ponte de Lima; p. 8. Sobre Itinerâncias, ver, acima, nota 1.

 

(8) LIMA, 2017: 11.

(9) Id.: 20.

(10) Id.: 49.

(11) Id.: 57.

(12) Id.: 10.

(13) Id.: 18.

(14) Id.: 29.

(15) Id.: 9.

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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