O (Tri) Ciclo da Bolota (Portugal)

O (Tri) Ciclo da Bolota (Portugal)


Concepção da ideia

  • Ana Lindeza – Arq.ª Paisagista
  • Elisa Bairrinho – Arq.ª Paisagista
  • Isabel Castro – Estudante de Arquitectura Paisagista
  • Marília Conceição – Arq.ª Paisagista
  • Sara Velho – Arq.ª Paisagista

 

Concepção técnica

  • Ana Lindeza – Arq.ª Paisagista
  • Elisa Bairrinho – Arq.ª Paisagista
  • Isabel Castro – Estudante de Arquitectura Paisagista
  • Marília Conceição – Arq.ª Paisagista
  • Sara Velho – Arq.ª Paisagista
  • Pedro Ferraz – Designer de Som

 

Produção

  • Município de Ponte de Lima

 

Uma floresta representa o culminar do processo da sucessão ecológica de uma comunidade vegetal potencial, que varia consoante os territórios biogeográficos. O (Tri) Ciclo da Bolota representa a vegetação correspondente à Região Biogeográfica Atlântica – Carvalhal de Zona Húmida.

A proposta está inspira-se no simbolismo do triskel, um símbolo Celta que representa o nascimento, a vida e a morte associados aos elementos naturais: a água, a terra, o ar e o fogo.

O visitante é convidado a entrar no (Tri) Ciclo da Bolota através da introspecção em túnel que o conduz para o constante movimento da floresta. Como tal, cada fase da vida é representada por um jardim que, embora fisicamente separados, no seu conjunto representam um todo.

O Jardim do Nascimento / Água corresponde à fase da germinação das plantas. No seu centro estão representados os elementos essenciais a esta etapa: a água, a terra e as bolotas de Carvalho Alvarinho (Quercus robur). No Jardim da Vida / Terra, a segunda espiral conduz o visitante a descobrir o clímax de uma floresta, onde prolifera o Carvalho Alvarinho (Quercus robur), o Azevinho (Ilex aquifolium), o Pilriteiro (Crataegus monogyna) e as Heras (Hedera helix), constituindo um ambiente íntimo e fechado. Os sons, as formas e sensações conduzem ao encontro de um ecossistema onde plantas e animais coexistem e interagem em equilíbrio.

O Jardim da Morte / Fogo corresponde ao encerramento de um ciclo: o visitante é convidado a reflectir sobre o perecer da floresta, as causas e as consequências que levam à sua morte, bem como a sua importância no ecossistema.

Os tons fortes dos materiais utilizados representam a destruição pelo fogo, aqui com dupla funcionalidade: por um lado, tantas vezes visto como responsável destruidor das florestas e, por outro, um elemento espiritualmente purificador e renovador, remetendo para um processo de reflexão sobre o ciclo de vida de cada um de nós.

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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