Contudo – todavia, no entanto, não obstante (Portugal)

 

Contudo – todavia, no entanto, não obstante (Portugal)


Concepção da ideia

  • António Maia – Professor
  • Graça Veiga – Professora
  • Escola Secundária de Ponte de Lima

 

Concepção técnica

  • Guilherme Veiga Amorim – Estudante
  • Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo
  • Rodrigo S. Melo – Eng.º Civil
  • Arquitectura e Eng.ª Ld.ª

 

Produção

  • Céu Malheiro – Professora
  • Isilda Araújo – Professora
  • Madalena Macedo – Professora
  • Patrícia Afonso – Professora
  • Sónia Carvalhido – Professora
  • João Sousa – Professor
  • Alunos das Turmas 11.º-O e 9.º-D
  • Escola Secundária de Ponte de Lima

 

O jardim “CONTUDO – todavia, no entanto, não obstante” assenta na dicotomia “as árvores não deixam ver a floresta” e “a floresta não deixa ver as árvores”. Esta opção conceptual traduz uma visão multifacetada da floresta concebida como um “TUDO” essencial à vida e TODAVIA como um “TUDO” fragmentado em consequência da acção humana dominadora, destruidora e/ou manipuladora. Esta dualidade de conceitos está bem patente no título escolhido de onde emerge o vocábulo ”CONTUDO” que, pela sua sonoridade, adquire outra significação “COM TUDO”.

Na sequencia desta linha ideológica e objectivando-a, o jardim apresenta-se como um espaço bipartido onde a floresta entra nos jardins numa perspectiva de caos (morte/renascimento) e ordem que contrastam e se complementam.

Por entre troncos queimados, floresta morta, entra-se na floresta/jardim composta por tubos/troncos, quais fantasmas materializados de plástico transparente, repletos de papéis velhos, que nos falam: “Eu já fui um pinheiro”; “Eu já fui um castanheiro”… e nos levam a pensar na violência a que foram sujeitos e denunciam a exploração desenfreada dos recursos naturais. CONTUDO, as árvores pequenas e o jardim de plantas herbáceas que rematam esta área indiciam o renascer, anunciam uma mensagem de esperança.

Assim se faz a passagem ao espaço subsequente, onde uma floresta de bambus se incorpora no jardim. É o jardim/floresta que se assemelha a um “Jardim Zen”. Aqui, o bambu, as rochas e a areia adquirem uma dimensão simbólica: os bambus representam o silêncio, a eternidade. NO ENTANTO, a sua flexibilidade traduz a capacidade de adaptação e mudança; as rochas são uma analogia da formação do homem e da sociedade. Criam um ambiente que propicia uma atitude meditativa através da qual cada um parte ao encontro de si próprio.

Por um caminho de lajes de granito que simboliza a evolução de cada um de nós contempla-se a harmonia do jardim até à saída, NÃO OBSTANTE, por entre os troncos queimados da entrada. O nada contém TUDO – COM TUDO/CONTUDO.

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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