Despertar os Sentidos (Portugal)

Despertar os Sentidos (Portugal)


Concepção da ideia

  • António Barbosa — Arquitecto
  • Carlota Machado (7 anos)
  • Dinis Barbosa (4 anos)
  • Diogo Machado (12 anos)
  • Duarte Simões (9 anos)
  • Laura Simões (5 anos)
  • Filipe Machado — Professor
  • Sara Simões — Eng.ª Agrónoma

 

Concepção técnica

  • António Barbosa — Arquitecto
  • Filipe Machado — Professor
  • Sara Simões — Eng.ª Agrónoma

 

Produção

  • Município de Ponte de Lima

 

A concepção do jardim assenta na especificidade da maioria dos seus criadores e na dos destinatários: é um jardim feito por crianças a pensar nas crianças.

A melhor forma encontrada para abordar o tema dos sentidos de um prisma essencialmente infantil baseou-se num desenho da Laura, na altura com 4 anos. Considerando que o rosto humano encerra em si a quase totalidade das janelas para os sentidos, e que é no rosto que temos os órgãos receptores de uma série de estímulos, foi também opção dos autores conceber a exploração do espaço de jardim num duplo propósito: o esteticamente aprazível tem de conviver com o ludicamente atractivo.

É sugerido ao visitante um percurso que também encerra uma dupla valência. Ao mesmo tempo que se exploram os espaços do jardim, é dada a primazia ao sentido que o rosto recebe mas não protagoniza. Com efeito, ao propor aos visitantes que se descalcem, os criadores remetem ao longo de todo o jardim para o tacto. É a pé e com os pés que se deve usufruir do espaço, experimentando as várias texturas.

Quanto aos outros sentidos, as propostas são variadas: a simulação de um lago no lugar da boca como ilustração da metáfora “água na boca”; os instrumentos musicais como a vocalarpa ou o tubobidonofone (este no local de uma das orelhas “forrado” por canas que emitem sons com o soprar do vento); a instalação da audeólica, os últimos para ilustrarem a audição. Na visão, os canteiros em forma de olhos e o apelo às mais variadas sugestões cromáticas nas variações de piso, nas cores da vegetação com tanto de mimético como de metafórico, ou através de vários artifícios, como as garrafas e as mangueiras pintadas no local dos cabelos, são alguns dos pontos a destacar. No que respeita ao olfacto, inevitavelmente centrado no nariz, são os odores florais e de plantas aromáticas que detêm a primazia.

Para além da ilustração dos sentidos, a sugestão do percurso não se pretende meramente contemplativa. Foram criadas áreas de lazer para o público infantil, onde para além dos instrumentos musicais, o visitante poderá encontrar um espaço de leitura, a VocaBolaRis, e outro para brincar. Este último inclui, na orelha esquerda do rosto, a espiralbola, ilustrativa da vertigem do tímpano. Ao lado, todos poderão jogar à macaca, numa área concebida e pensada para o efeito.

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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