Março de 2019 – Teatro Diogo Bernardes – Ponte de Lima

 

Março de 2019 – Teatro Diogo Bernardes – Ponte de Lima


 

No mês de Março, em que se comemora o Dia de Ponte de Lima, a 4, e o Dia Mundial do Teatro, a 27, o Teatro Diogo Bernardes apresenta uma vasta programação que vai de encontro aos gostos e espectativas de todo o tipo de públicos.

Para os mais novos e famílias, a 24 de Março, às 16h00 e às 18h00, teatro com 5 Contos de Fadas em 50 minutos. Pela voz e corpo de dois actores vão passar dezenas de personagens dos mais marcantes contos de fadas. São 5 histórias percorridas em 50 minutos num ritmo alucinante, com muito humor e animação, trocas e baldrocas, improviso e a participação do público, que também vai ajudar a contar as histórias. "Branca de Neve", "Cinderela", "A Princesa e o Sapo", "A Pequena Sereia" e "Rapunzel" são as 5 princesas contempladas que serão protagonistas de muitas trapalhadas.

Dias antes, a 15 de Março, um espectáculo que, igualmente, pode ser apreciado pelas famílias – Dois Reis e Um Sono, pelo Teatro Extremo. Peça escrita por Natália Correia em colaboração com Manuel de Lima, Dois Reis e um Sono conta-nos a história de dois reinos em litígio, sendo a alegórica figura do Sono o motivo da discórdia entre monarcas irmãos. Uma parábola sobre o poder, a vaidade, o consumismo, o amor, a conquista e o uso da liberdade de expressão, mas também sobre qual o limite do nosso livre arbítrio e para onde caminha a Humanidade.

Como não poderia deixar de ser, o teatro tem um destaque especial na programação de Março e logo no dia 1 será apresentado Escrever Falar, um texto de Jacinto Lucas Pires, pela Momento – Artistas Independentes. Em lugar nenhum. Dois homens encontram-se (ou simplesmente estão) e permitem-se partilhar as suas histórias como quem constrói um guião. Viajam repetidamente numa história (que são várias) que eles próprios vão moldando tal como o tempo os molda a eles e os faz crescer e ganhar corpo à medida que falam e escrevem um destino partilhado. Uma viagem que dá sempre um passo atrás para rever o seu rumo e, sem o auxílio de qualquer sistema de navegação assistida, se vira novamente para dentro com o objectivo de se enriquecer nas palavras dos dois personagens.

Elmano Sancho apresenta, a 22 de Março, A Última Estação que, para além do autor, levará à cena Cheila Lima, Isadora Alves, Márcia Branco e Mónica Cunha. Na origem de A Última Estação encontra-se o assassino em série norte-americano Ted Bundy (1946-1989) – ou, mais exactamente, as semelhanças físicas entre este homem e Elmano Sancho. Da mesma forma que Bernard-marie Koltès ficou obcecado pelo rosto de Roberto Succo, quando viu uma foto sua no metro de Paris, também o actor e autor português se lançou a investigar a vida de Ted Bundy, que matou mais de 35 mulheres.  A dada altura, Elmano Sancho guardou o retrato do assassino junto às suas próprias fotografias, até que um dia alguém confundiu o seu rosto com o do criminoso. Foi esse o ponto de partida para uma reflexão sobre a violência e o desejo de transgressão na vida e na arte.

No dia seguinte, 23 de Março, o Grupo de Teatro da Casa do Povo de Freixo sobe ao palco para brindar os espectadores com o seu mais recente trabalho – Escola de Mulheres, de Molière.

A 27 de Março, Dia Mundial do Teatro, espaço para a comédia Boeing Boeing, com encenação de Claudio Hochman e interpretação de João Didelet, Antonio Camelier, Marta Melro, Liliana Santos, Carolina Puntel e Cristina Cavalinhos. Uma hilariante comédia de enganos sobre a trajectória de um Casanova da Era do Jacto, Bernardo um arquitecto que está noivo de três mulheres, Janete, Julietta e Judite, três hospedeiras de bordo, de diferentes países com quem vive sem que saibam a existência uma das outras. Berta, a fiel empregada doméstica de Bernardo, é cúmplice neste jogo amoroso, trocando as fotografias, roupas de cama e ementas para que nenhuma das noivas desconfie da presença de outras mulheres. Até que um dia os seus amores vão chegar à sua casa ao mesmo tempo…

Em termos de música, Março irá terminar, no dia 30, com Cecilia Krull, cantora e compositora que vive em Madrid mas que tem na sua música referências e identidades bem diferentes como, por exemplo, França, Cuba, Alemanha e Espanha, naquele que será um dos únicos três concertos realizados em Portugal na presente tour. Nascida numa família de músicos, cedo começou a escutar Jazz e embora bastante jovem é já considerada uma das grandes vozes da nova geração. Foi o single “My Life Is Going On", tema principal da banda sonora da série espanhola La Casa de Papel, que a levou para um outro nível de visibilidade e hoje Cecilia Krull conta a sua presença nos mais aclamados festivais europeus e também dos Estados Unidos da América.

Contudo, a partir do dia 2 a programação será vasta, iniciando-se na noite do referido dia com o concerto pela Banda de Música de Ponte de Lima.

Na mesma linha de interpretação musical, destaque para o concerto da Banda do Exército | Destacamento do Porto, na tarde do dia 10, com início marcado para as 16h00.

Dois dias antes, a 8 de Março, a Orquestra Jazz de Matosinhos apresenta Do Ballroom à Sala de Concerto – Uma viagem pelos tempos do jazz com a OJM. Percorrendo o repertório do chamado “período de ouro” que ficou a marcar o trajecto das big bands (1925/1955), a OJM tocará várias peças-chave das orquestras de Fletcher Henderson, Jimmie Lunceford, Duke Ellington, Count Basie, Benny Goodman, Tommy Dorsey, Artie Shaw, Dizzy Gillespie, Woody Herman, Stan Kenton ou Gerry Mulligan, arranjadores, compositores e chefes de orquestra de referência nesse período.

A 9 de Março, uma grande Noite de Fado com Sara Correia, que lançou recentemente o seu álbum de estreia, homónimo, criado em parceria com o produtor Diogo Clemente. Aos 13 anos consagrou-se vencedora da Grande Noite do Fado e, logo de seguida, foi convidada para cantar numa das mais míticas casas de fado da cidade, a Casa de Linhares. Aí teve o privilégio de cantar e aprender ao lado de grandes nomes como Celeste Rodrigues, Jorge Fernando, Maria da Nazaré, entre outros. Além das casas de fado, já actuou em grandes palcos como o Centro Cultural de Belém, os festivais Caixa Alfama e Caixa Ribeira e foi convidada para cantar no Concerto por um Novo Futuro, na maior sala de espectáculos do país, a Altice Arena.

Luca Argel e João Pais Filipe apresentam-se em concertos individuais, no âmbito do Festival Um Ao Molhe, a 16 de Março. É através da Música Popular Brasileira que Luca Argel encontra o seu motor de criação, recontando fábulas por entre um imprudente dedilhar de cordas, seja no violão ou na guitarra. A viver no Porto desde 2012, Luca Argel escreve para mais linhas que aquelas que lhe dão, dedicando-se também à poesia e a um Samba Sem Fronteiras, banda da qual é vocalista. Por sua vez, João Pais Filipe traz-nos um ethno-techno, uma miríade de estilos e influências que se combinam para dar origem a uma linguagem muito própria, carregada de timbres e cores únicas que o próprio constrói e assente em poli-ritmos aparentemente impossíveis.

Salvador Sobral, juntamente com Júlio Resende, o criador do presente projecto, acompanhados por Daniel Neto, André Nascimento e Joel Silva trazem ao palco do Teatro Diogo Bernardes Alexander Search. Alexander Search é um dos muitos heterónimos ingleses de Fernando Pessoa e dá agora nome a uma nova banda de rock electrónico com influências indie-pop, cujas canções têm por base os poemas assinados por este heterónimo Pessoano que passou a adolescência na África do Sul. A responsabilidade do projecto é do pianista Júlio Resende, líder da banda e compositor das canções sobre os poemas de Alexander Search. Inspirado pelo universo da heteronímia Pessoana, Júlio Resende envolve o universo da banda numa ficção e assume também ele um heterónimo – Augustus Search –, desafio alargado aos restantes elementos do conjunto. Salvador Sobral é Benjamin Cymbra e dá voz às canções da autoria de Resende ou melhor, de Augustus Search. O guitarrista Daniel Neto assume o papel de Marvel K., cabendo a André Nascimento a personagem de Sgt. William Byng na vertente electrónica. A bateria e percussão ficará a cargo do talentoso baterista de jazz Joel Silva, encarnando o misterioso Mr. Tagus. Alexander Search é uma banda que gosta de ousar, impaciente, à procura, sempre à procura, da quintessência. Nunca o conseguiu. Este é o disco de mais uma tentativa falhada.

 

A partir de Março o horário nocturno de início dos espectáculos passou a ser às 22h00.

Bilhetes à venda e mais informações no Teatro Diogo Bernardes, pelo telefone 258 900 414 ou pelo email teatrodb@cm-pontedelima.pt.

Fonte: Município de Ponte de Lima
27 de fevereiro de 2019

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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